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Matéria 9418, publicada em 26/02/2010.


:Eduardo R. Schmitz

Ariane recorreu à linguística para embasar sua monografia

Trabalho situa a imprensa no campo de jogo de linguagem

Eduardo R. Schmitz



Guiada pela curiosidade característica do jornalismo, Ariane Lara Olsen dedicou a pesquisa de sua monografia a um campo tradicionalmente pouco estudado por jornalistas. Com o trabalho “O papel das escolhas semânticas no jogo de linguagem do jornalismo”, a estudante ingressou na área da linguística – que não tem disciplina específica no curso – e recebeu a nota 8,5. A orientação da pesquisa foi de Marília Crispi de Moraes Maciel, graduada em Jornalismo e mestre em Ciências da Linguagem. A banca foi composta pelo professor da casa Gleber Pieniz e pelo convidado da Univille Elson Martins, também mestre em Ciências da Linguagem. Ao final da defesa, Ariane recebeu a recomendação de ter seu trabalho publicado na biblioteca.

A vontade de migrar para um campo diferente do Jornalismo surgiu em Ariane a partir de um dos desafios do jornalista: conseguir escrever e fazer o leitor entender. Sua pesquisa se baseou no conteúdo do jornal A Notícia e as suas análises giraram em torno das editorias de esporte, política e economia. Ariane também apontou a importância de fazer a escolha das palavras certas, para haver uma compreensão global do assunto.

Em uma fala bastante breve, Elson julgou importante haver uma melhor definição dos leitores na monografia, mas de modo geral gostou dos conceitos apresentados. Foi em resposta ao convidado que Ariane mostrou de que forma aliou o trabalho à prática. Ela diz estar mais consciente da influência da escolha das palavras em sua prática jornalística. “Mesmo sabendo que Papai Noel não existe, é bom saber disso”, comentou.

Gleber creditou o resultado do trabalho à trajetória acadêmica de Ariane, principalmente pela autenticidade. O avaliador também considerou o texto gostoso de ler, seja pelo domínio de linguagem, seja por ser envolvente. Em contraponto, destacou algumas lacunas deixadas entre as promessas da introdução e o desenvolvimento do trabalho, como a falta de uma melhor categorização dos leitores do jornal. Pelas habilidades demonstradas pela estudante, outro ponto que poderia ter sido estudado, na opinião do professor, seria uma problematização dos meios de produção, e não apenas os receptores.

800x600. ©2005 Agência Experimental de Jornalismo/Revi & Secord/Rede Bonja.