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Matéria 9422, publicada em 01/03/2010.


: Emanoele Girardi

Rayana amadureceu conceitos durante a elaboração de seu trabalho

Estudo sobre ciência e religião recebe nota 9,0

Francine T. Ribeiro



A apresentação foi rápida. A acadêmica de jornalismo Rayana Borba iniciou sua fala agradecendo a presença de seus convidados. Entre eles, estavam seus familiares. Em seguida, sentou à frente da banca formada por Valdete Niehues e Maria Elisa Máximo para pontuar questões sobre o trabalho. Orientada por Jacques Mick, a monografia intitulada "Ciência e Religião: uma análise da influência dos estudos de Marshall McLuhan nos documentos sobre a Igreja Católica (1957-1992)" obteve nota 9,0.

Ao início de sua apresentação, Rayana afirmou que a religião não se opõe ao saber e não se fecha para o conhecimento. Relatou também que o conhecimento científico influencia as questões religiosas e que foram analisados 44 documentos oficiais da igreja católica, utilizados nos estudos de McLuhan.

O teórico, alvo da análise da acadêmica, teve sua história brevemente contada. O autor que originou conceitos como aldeia global e meios de comunicação como extensões do homem, mostrou algo curioso à Rayana durante os estudos realizados. A hipótese inicial levantada por ela foi de que McLuhan havia, de certa forma, influenciado a igreja católica. Analisando os documentos, ela percebeu o contrário.

Outros pontos que foram amadurecidos pela acadêmica durante a elaboração do trabalho foram os relacionados à sua fé. Ela ficou assustada ao saber que a igreja, no material estudado, declara que o homem é um ser inacabado. Partindo de princípios bíblicos de que o homem é feito à imagem e semelhança de Deus, Ele também seria inacabado. Mas Rayana afirma que ao fim de sua pesquisa, se tornou mais católica do que era, e ficou feliz em saber que a igreja que acredita contribui para a formação do conhecimento.

Valdete afirmou que o texto de Rayana foi bem constituído, rico e enxuto. Segunda ela, a estudante usou uma linguagem direta. Valdete também percebeu a vertente católica da estudante, que buscou sua própria experiência para redigir a monografia.

Maria Elisa definiu a proposta de Rayana como ambiciosa e digna de mérito. No entanto, para a avaliadora, a jovem pareceu desconsiderar que a igreja pode ter sofrido outras influências, e que os estudos de McLuhan não se referiam apenas à igreja. Para ela, a reflexão epistemológica deveria ter mais fôlego, já que alguns pontos não aparecem claros ao leitor. Entretanto, Rayana apresentou qualidade de texto, e delimitou muito bem na sua introdução, o seu campo de análise.

Ao fim das considerações e da decisão final da banca, o orientador Jacques Mick reforçou que o desempenho de Rayana durante as réplicas foi claro e pertinente, lhe rendendo a boa nota.

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