A análise da condição feminina e das tradições matrimoniais no final do século 18 e início do século 19 retratados no livro Orgulho e Preconceito em comparação à condição da mulher atual era o foco de Bruna Kristina Alves na monografia Mulheres: uma leitura dos personagens femininos em Orgulho e Preconceito, de Jane Austen. Na sala C-20 lotada, a acadêmica de Jornalismo submeteu-se a banca ontem (3 de agosto), às 21 horas. Sob a orientação de Nara Marques, Bruna foi avaliada pelos professores Sílvio Melatti e Marília Maciel, recebendo nota 7,5.
Em referência à senhora Bennet, personagem de Orgulho e Preconceito, Melatti afirmou que a leitura da pesquisa “atiçou os nervos” pela quantidade de erros gramaticais. Problemas de pontuação e frases sem sentido, por exemplo, foram apontados como prejudiciais ao entendimento da parte teórica, também considerada insuficiente pelos avaliadores. Marília ressaltou pontos superficialmente abordados por Bruna como a ironia de Austen, enquanto seu colega de banca foi enfático ao declarar que apenas nas considerações finais a aluna conseguiu ser convincente em relação à análise proposta.
Marília discordou de Bruna também no que diz respeito à tentativa de Elizabeth, protagonista da obra, de driblar a tradição e fugir de um casamento típico da época. Diferentemente do que propôs a acadêmica, a avaliadora acredita que a personagem apenas adaptou os costumes: casou-se por amor, mas ainda assim colocou-se no papel da mulher que necessitava da proteção do marido.