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Matéria 8297, publicada em 07/05/2009.


Fecate oferece oficinas de expressão corporal

Jéssica Michels e Marcus Vinícius Carvalheiro


Nesta quarta-feira (6), o segundo dia do 14º Festival Catarinense de Teatro (Fecate) foi marcado por oficinas que estimularam estudos sobre movimentos corporais. As aulas foram divididas em dois horários, matutino e vespertino, e coordenadas pelas companhias Metamorfose e Faunos. Vinte atores de grupos teatrais de Joinville e região participaram das oficinas gratuitas.

Corpo e voz em ação
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O incenso aceso na porta faz os participantes a entrar no clima de harmonia na sala de yoga da Cidadela Cultural da Antarctica. A primeira oficina, Corpo e voz em ação, aconteceu das 8 às 12 horas e foi ministrada pelas atrizes Angela Finardi e Sabrina Lermen, da Metamorfose Cia Cênica de Joinville.

O trabalho utilizou técnicas de dança e lutas para a exaustão do corpo. Os atores estudaram o movimento para entender o ritmo do corpo como um estímulo de estado e presença, e como incorporar isso nas ações dramáticas do teatro.

Exercícios de alongamento e flexibilidade estruturados na técnica Koshi – em que a força é concentrada no quadril – trabalhando ao mesmo tempo com a visão periférica da cena. Partindo dos estudos de Rudolf Von Laban, que durante a 2ª Guerra Mundial pesquisou a fluência do movimento, dando início a análise de treino e notação gráfica do esforço, ou seja, o impulso interno que gera o movimento. Os participantes aprenderam sobre níveis e planos e a conhecer os limites da sua esfera pessoal, lugar em que a pessoa ocupa dentro do movimento.

“Sempre há aprendizado, é preciso rever as coisas e também é importante a interação com os outros atores. Essa oficina é gratificante, porque eu volto a ser aluna”, explicou a atriz Clarice Steil Siewert, 27 anos, que está há oito na Dionisos Teatro.


Criação e composição cênica
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Continuando com os projetos de oficinas, a Faunos Cia Teatral realizou também, na Cidadela Cultural Antarctica, dinâmicas, das 14 às 18 horas, com o tema Criação e Composição. Princípios ligados à dramaturgia do ator foram utilizados na aula, sob orientação de Daiane Dordete e Daniele Pamplona, integrantes da Faunos.

Com um caráter experimental, as dinâmicas foram realizadas na sala de yoga da cidadela. Por falta de tempo, o projeto teve as diretrizes voltadas para profissionais, mas, segundo Daniele, a Faunos inaugurará, no final do ano, um espaço especializado em artes cênicas, proporcionando assim um estudo desde a base teatral.

Daiane e Daniele são formadas em artes cênicas pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP) e estão no grupo há sete anos. A partir do trabalho de criação e composição, as coordenadoras começaram a aula com aquecimentos e alongamentos. Com o intuito de fugir dos impulsos e controlar os movimentos do corpo, foram realizadas dinâmicas de expressão corporal e controle de voz. Os participantes caminhavam, gritavam e corriam de acordo com palavras e palmas das coordenadoras. Todos esses procedimentos, na visão de Daniele, fazem parte de um trabalho de “composição”. Para a professora, estudos sobre noção de espaço e relacionamentos com os companheiros da equipe são ações que resultam na dramaturgia do ator e na composição da peça.

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