Os protestos contra o aumento de 12,2% na tarifa do transporte coletivo continua rendendo manifestações pelas ruas de Joinville. Desde segunda-feira, manifestantes - na maioria estudantes secundaristas e universitários - saem às ruas para mostrar sua indignação contra a decisão do prefeito Carlito Merss. Nesta quarta (20), o grupo realizou nova passeata com música e batucada, seguindo a pé desde o Centro até a Associação Catarinense de Ensino (ACE) e a Faculdade Cenescista de Joinville (FCJ) para angariar apoio entre os alunos dessas instituições. "Queremos fortalecer a base”, justificou Willian Luiz da Conceição, estudante e integrante da Frente de Luta pelo Transporte Coletivo. O grupo também distribuiu panfletos do movimento.
A primeira parada foi feita na ACE, em frente ao prédio do curso superior de Direito, na rua Pastor Fritz Buhler. Aproximadamente 50 estudantes da ACE observaram o protesto e quatro representantes do curso de Direito desceram para conversar com os manifestantes. Depois o grupo passou pela emissora de TV Brasil Esperança onde, durante 15 minutos, dançou e cantou, ocupando meia pista da avenida Getúlio Vargas. Em seguida, os estudantes chegaram à Faculdade Cenescista, onde apresentaram novamente as reivindicações do movimento aos alunos.
Todo o trajeto foi de aproximadamente sete quilômetros, terminando novamente na Praça da Bandeira. No Centro, foram realizadas votações e o grupo optou por se reunir novamente às 9 horas da quinta-feira (21), na Biblioteca Municipal, e na sexta-feira (22), às 18 horas, na Praça da Bandeira.
Ausência de Carlito estraga planos de manifestação
Na manhã de quinta-feira (21), o grupo fez uma concentração em frente à Rádio Globo, onde Carlito é entrevistado semanalmente no programa Manhã da Globo. Mas Carlito, alegando problemas de agenda, não foi até a rádio e deu entrevista de dentro da Prefeitura, por telefone, frustrando os manifestantes. Mesmo assim, o grupo teve direito a uma pergunta ao prefeito. O jornalista Leonel Camasão, membro da Frente, perguntou sobre a falta de fiscalização e a dúvida nos números das planilhas de custos publicadas pelas empresas. Carlito argumentou que não bastava desconfiar dos valores, mas teria que ter algo concreto, embora admitisse a falta de fiscais.