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Matéria 8379, publicada em 18/05/2009.


:Guilherme Duarte

Manisfestantes fecharam a rua em frente à Prefeitura

Manifestação contra aumento junta quase mil

Bruno Isidoro



Aproximadamente mil pessoas compareceram à manifestação hoje, às 9 horas, em frente à Prefeitura de Joinville, contra o aumento no preço da passagem de ônibus, segundo membros da Frente de Luta pelo Transporte Público. Esse número é significativamente maior que os 300 divulgados pelo jornal A Notícia - sem citação de fonte. Outro equívoco do maior jornal do Norte do estado foi ter dado a liderança dos atos ao vereador Adilson Mariano, quando ele faz parte apenas de uma entre várias entidades envolvidas na organização. Dezenove representantes de movimentos sociais foram recebidos para uma conversa com Eduardo Dalbosco, secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão da Prefeitura.

Os manifestantes queriam ser recebidos pelo prefeito Carlito Merss, mas quem representou o governo foi Dalbosco, que colocou o lado da Prefeitura sobre o aumento da tarifa do transporte público. Segundo o secretário, Carlito estava no Seinfra, resolvendo problemas sobre a saída de Nelson Trigo do cargo de secretário de Infraestrutura. Dalbosco admitiu a falta de fiscalização no sistema de transporte, nos valores divulgados pelas empresas e a ilegalidade delas para prestarem o serviço. Falou que, usando como base a planilha, seria necessário R$ 1 milhão ao mês para manter o valor atual do passe. Disse ainda das dificuldades em governar. “Um partido quando está fora do governo se articula com os movimentos sociais, mas quando está no governo trabalha com o poder e faz o que pode”, comentou.

Representando o Movimento Passe Livre (MPL), André Altmann questionou os números publicados na planilha e que as empresas estão trabalhando no vermelho. “Se administrar o transporte coletivo é uma furada, porque essas famílias continuam até hoje trabalhando com isso?”, completou. Enfatizou também que a Frente é contra o subsídio, pois coloca dinheiro público em uma empresa privada. Segundo ele, até agora o governo não fez nada e não poderia dar o aumento sendo que os valores da planilha são considerados duvidosos, sem fiscalização para comprová-los.

Elisandro Lotin, vice-presidente da Associação de Praças de Santa Catarina (Aprasc), relembrou os tempos em que Carlito lutava ao lado dos estudantes, quando era seu professor no colégio Celso Ramos. “O que acontece com o partido quando entra no poder?”, perguntou. Ele acha um “absurdo” ver políticos que confiou no passado mudarem de postura.

No meio da reunião, a entrada da imprensa foi autorizada mas, segundo os membros da Frente, um dos câmeras não fazia parte dos meios de comunicação e estaria a serviço da Gidion e Transtusa para registrar em vídeo quem faz parte do movimento. Após sua retirada, os manifestantes contaram a Dalbosco sobre históricos de perseguição das empresas a eles. “Até a segurança pública está sendo privatizada?”, perguntou Lotin.

Lá fora, estudantes aguardavam o término da reunião. Quando os representantes voltaram para conversar, seguranças das empresas de transporte surgiram. Em torno de 30 homens observaram e seguiram manifestantes, que foram obrigados a se retirar em grupos, para não correrem riscos. Hoje (terça-feira), às 18 horas, ocorrerá outra manifestação na praça da Bandeira, ao lado do terminal central.

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