Encerrou na quinta-feira (9), às 12 horas, a 6ª edição da Feira do Livro de
Joinville. Mesmo com as vendas em alta, expositores apontam falhas na estrutura
do evento. Neste ano, os organizadores apontaram com um dos diferenciais para a
realização do evento o apoio dado pela Prefeitura de Joinville. Mas os
responsáveis pelos estandes de livrarias e editoras foram unânimes ao apontar a
falta de banheiros no local como fator negativo da feira.
Rogério Caires, responsável pelo estande da livraria Galeria do Livro, disse
estar decepcionado por pagar quase R$ 3 mil pela utilização do estande (o custo
do estandes é de R$ 120,00 o metro quadrado) e não contar com um banheiro
químico. “Quando preciso de um banheiro tenho que ir até uma lanchonete”. Para
ele, que frequenta feiras de livros em todo o Brasil, o evento de Joinville é o
único que não tem os chamados banheiros químicos. Mesmo apontando falhas
estruturais da feira, Rogério ficou contente com as vendas. “Vendemos
aproximadamente dois mil livros”, informou. Entre os mais vendidos, o expositor
destacou o livro A cabana, do escritor canadense William P. Young, com 40
exemplares.
No estande da Editora Escala, a reclamação
ficou por conta da altura das tendas. Eduardo Simas, funcionário da editora,
sugeriu - além do banheiro – a instalação de ventiladores. “A tenda é muito
baixa deixando o ambiente muito quente, deveriam fornecer ventiladores para cada
estande”. Eduardo também se mostrou satisfeito com as vendas. “Faturamos por
volta de R$ 25 mil”, informou. Somente os mini-livros de signos, que variam de
R$ 1,00 a R$ 2,00, foram vendidos mais de mil exemplares. Cristiano Silva
Jesuíta, da Editora Edusc (Editora da Universidade do Sagrado Coração),
comemorou a venda de 300 exemplares. “Parece pouco, mas como se trata de Brasil
estou contente”, disse. Os livros eram vendidos por preços que variavam de R$
30,00 a R$ 100,00.
Beatriz Pereira, do Instituto da
Cultura, Educação, Esporte e Turismo, órgão que organiza a feira, planeja a
instalação dos banheiros na praça Nereu Ramos para o ano de 2010. “Pensamos em
instalar esses banheiros, mas temos que pensar uma maneira de impedir as pessoas
que não frequentam a feira, a utilizá-los”. Para a próxima edição, além dos
banheiros, a coordenadora pretende utilizar um livro para registrar a visita de
escolas na feira. “Recebemos, com exceção de sábado e domingo, diariamente, a
visita de 10 escolas”.
Mesmo com as queixas dos expositores, Beatriz se diz satisfeita com o evento.
“Ainda não fizemos o relatório que indiquem os números da feira, mas acredito
que conseguimos cumprir as expectativas”. Na próxima quarta-feira (15), deve ser
divulgado o balanço da 6º Feira do Livro de Joinville.