Além das contações de histórias, o que tem chamado a atenção do público infantil na Feira do Livro de Joinville são as exibições de curtas de animação baseados em lendas da Amazônia e também do folclore nordestino. Às 14h30, no auditório da feira, crianças da rede municipal e estadual de ensino assistiram as animações A onda: festa da pororóca, dirigido por Cássio Tavernard, e Tem boi no trilho, (1988), de Marcos Magalhães. As exibições fazem parte do projeto Festival de Curtas, idealizado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc).
Cássio Correia, técnico de cultura do Sesc de Joinville, explica que o festival é apresentado em locais selecionados pela instituição como o Complexo Cultural Antarctica e também em algumas escolas da cidade. “Quando apresentamos em escolas, damos o nome de A Escola Vai ao Cinema”. Todos os filmes são do acervo do Sesc, que tem aproximadamente 200 exemplares. “Compramos os direitos de exibição dos filmes e podemos apresentar durante dois anos”.
A onda: festa na pororóca foi a primeira apresentação na tarde de sexta-feira (3). Produzido pela Central de Produções de Cinema e Vídeo da Amazônia em 2004, o filme conta a história de uma festa preparada pelos peixes, que por sua vez precisam da ajuda do peixe-elétrico. Logo depois foi a vez de Tem boi no trilho, realizado por Animanda Produções e Fundação do Cinema Brasileiro. A animação trata da história de um bezerro que foge da boiada atraído pelo trem. O curta não tem diálogos. Todo seu enredo é narrado por músicas do folclore nordestino.
A tarde também foi de lançamentos literários. O advogado e escritor Rudney Otto Pfützenreuter, morador de Florianópolis, passou a tarde autografando exemplares do seu livro Quando a vida imita a flor. A oitava obra do escritor narra a história de uma mulher grávida de nove meses que foge do marido. Rudney deixa bem claro na contracapa do livro que a história é baseada em fatos reais, ocorridos em Joinville. “Mudei nomes e a aparência das personagens para não constranger ninguém. Também incluí fatos que não aconteceram”, alerta. A explicação para o título é justamente a reação necessária para a personagem mudar os rumos de sua vida. “Pensei na flor que sai da escuridão da terra e é admirada por todos, principalmente a orquídea que está na capa do livro. A personagem tem que fazer a mesma coisa, sair do inferno astral e dar a volta por cima”.
À noite, a feira contou com a presença do governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, e também do escritor infanto-juvenil Pedro Bandeira. No sábado (4), estariam previstas mais contações de histórias com o grupo Roca de Teatro às 10 horas e Caroline Spieker às 12h30. A tarde, às 15 horas, o poeta e cronista Rubens da Cunha apresentaria seus poemas.