Já passava das 19h e o anfiteatro encontrava-se parcialmente lotado. Acadêmicos e professores de comunicação social do Bom Jesus/Ielusc estavam a postos para ouvir a palestra da convidada da noite, a professora de semiótica Irene Machado, da Escola de Comunicação e Artes da USP. Antes que o tema “Invisibilidade na comunicação” ganhasse voz, o coordenador do Necom, Silnei Soares, lançou oficialmente a sétima edição da revista Rastros, principal motivo da reunião.
Por volta das 19h30 o microfone foi entregue à semioticista, que teve como missão apresentar o tema transversal do semestre — invisibilidade — ao público de cerca de 130 pessoas. Primeiramente, Irene revelou-se impressionada com os projetos de extensão existentes na faculdade: “São excepcionalidades”. Para os acadêmicos que cursam ou já cursaram matérias como teorias da comunicação e semiótica, os argumentos da palestrante trouxeram à tona idéias vistas em sala de aula. Os conceitos de “visualidade” e “visibilidade” foram contrapostos e associados diretamente com o tema. Para a melhor compreensão, o primeiro foi apresentado como ato de “ver com os olhos”, enquanto o segundo como uma espécie de “visão pela mente”― palavras-chave para os futuros profissionais de mídia, que estarão constantemente em contato com signos nem sempre explícitos, e que precisarão ser percebidos e interpretados.
Imagens como a foto de um cruzamento em São Paulo, captada pelo fotógrafo Cristiano Mascaro do alto de um prédio, e de uma obra de arte — “Monumento à cultura” — fixada em Brasília pelo artista Bruno di Giorgio foram exibidas por meio de slides. O objetivo era a percepção da cadeia de signos que as circundavam. Segundo Irene, tanto a leitura quanto a produção de uma imagem geram conhecimento. Ao fim da apresentação, a semioticista enquadrou todos os conceitos vistos até então como “pequenas hipóteses de um raciocínio”. Eram 20h40 quando a discussão foi aberta à platéia, na qual havia mais cadeiras vazias do que ocupadas.
De início, o microfone passou apenas pela mão de professores. Até que, meia hora depois, a manifestação de um estudante de jornalismo quebrou o silêncio do auditório. Respondidos os questionamentos, a pilha de revistas Rastros foi diminuindo à medida em que o professor Juciano Lacerda entregava um exemplar a cada espectador que deixava a sala.
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