O julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a exigência do diploma em curso superior de Jornalismo como requisito para o exercício da profissão, está marcado para quarta-feira (17 de junho). Outras matérias ordinárias estarão incluídas na mesma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), mas a expectativa é de que o recurso sobre o diploma seja efetivamente apreciado depois do adiamento da última semana. Profissionais de imprensa e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) estão mobilizados em uma campanha de manutenção da necessidade do diploma para o exercício do jornalismo. Em alguns estados, foram realizados atos em defesa do diploma.
“O fim da exigência do diploma para o exercício do jornalismo significaria um grande golpe em nossa regulamentação profissional”, destaca Valci Zuculoto, professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), diretora da Fenaj e componente da coordenação da campanha em defesa do diploma. “Não podemos deixar que os destinos do jornalismo no país fiquem ainda mais à mercê dos interesses dos donos da mídia”, diz. “Nossa expectativa é de que o STF se posicione pela manutenção da obrigatoriedade da formação. Mas para que isto se confirme, precisamos, todos, seguir firmes na luta”, conclui a professora.