“Assina, assina, assina”, eram os gritos dos manifestantes enquanto os vereadores de Joinville se retiravam do plenário em meio à batucada da Frente de Luta pelo Transporte Público na noite de 27 de maio. O que estudantes e trabalhadores pediam era a assinatura dos políticos se comprometendo em revogar o aumento da passagem de ônibus concedido pelo prefeito Carlito Merss. A carta foi entregue por Willian Conceição, membro da Frente, que exigiu a colaboração do legislativo com os joinvilenses.
Os manifestantes chegaram em silêncio à Câmara de Vereadores e assim permaneceram até a entrega do documento nas mãos do democrata Patrício Destro. Eles esperavam um resposta imediata sobre a posição dos vereadores, porém naquele momento nenhum dos representantes se comprometeu em assinar o documento. Na forma de gritos e toques de tambor, a pressão para forçar a decisão do legislativo fez com que a sessão fosse encerrada e os vereadores foram para seus respectivos gabinetes.
Após o ato, os manifestantes permaneceram no prédio da Câmara aguardando uma resposta. O petista João Rinaldi avisou aos membros do movimento que votará com a bancada do PT, partido do prefeito. A vereadora do PSL Dalila Leal disse que ainda não havia tomado posicionamento, mas que também estaria conversando com o partido para decidir se assina ou não a carta. Os outros vereadores não apareceram para responder à Frente.
O documento que pede a adesão dos membros da Câmara à rejeição do aumento na tarifa havia sido entregue simbolicamente a Patrício Destro, mas destina espaço para assinatura ao lado dos nomes de cada um dos 19 vereadores. A pedido do presidente da casa, Sandro Silva (PPS), a carta foi enviada ao suporte legislativo para cumprir o trâmite formal e só depois chegará oficialmente aos gabinetes dos vereadores.