Revi Bom Jesus/Ielusc

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Matéria 3573, publicada em 06/02/2007.


:Cláudia Morriesen

Jornalistas responderam a perguntas dos acadêmicos

Jornalistas formados no Bom Jesus/Ielusc participaram da discussão

Jouber Castro


O curso de comunicação social do Bom Jesus/Ielusc iniciou oficialmente nesta segunda, 5 de fevereiro, suas atividades no ano letivo de 2007. Para os veteranos, um reinício. Hora de retornar ao ambiente acadêmico, reencontrar os colegas e conhecer os novos professores. Já para os novos calouros, o momento foi de descoberta do ambiente ielusquiano, com direito a algumas pequenas amostras do que os espera, no mínimo, nos próximos quatro anos. Os encarregados da recepção dos acadêmicos foram os jornalistas Katherine Funke, Manoel Schlindwein e Martín Fernandez, que se formaram na faculdade, e foram convidados para compartilhar as suas experiências numa aula inaugural.

A abertura oficial da aula ficou por conta do coordenador do curso de comunicação social, professor Samuel Pantoja Lima. Às 19h13 cerca de 130 acadêmicos estavam acomodados nas cadeiras e nos degraus da platéia do anfiteatro, que apesar dos climatizadores estava extremamente quente. Samuca deu as boas-vindas aos novos acadêmicos falando sobre as expectativas de contribuição mútua entre os ingressantes e a faculdade. “Um acadêmico que deseja ter brilho e intensidade na carreira precisa investir na formação, precisa ter paixão e vontade de aprender”, disse o professor. Ainda em sua fala apresentou linhas gerais do PPP (Projeto Político-Pedagógico) do Bom Jesus/Ielusc, no qual “50% correspondem à qualidade e estrutura do curso, e os demais 50% são pura atitude”.

Às 19h30 as turmas de publicidade e propaganda abandonaram o anfiteatro em direção às suas salas, e duas turmas de veteranos de Jornalismo chegaram à aula inaugural, completando 140 acadêmicos. Para os calouros de jornalismo Samuca explicou a grade curricular do curso, além de afastar os conceitos de objetividade e isenção, palavras fáceis na mídia atual.

Os convidados começaram a participar às 19h48. A primeira a falar foi Katherine Funke, citando Gabriel García Marquez, dizendo que “o jornalismo é a melhor profissão do mundo”. Falou sobre o 3º Concurso Tim Lopes de Investigação Jornalística, no qual foi contemplada com um incentivo de R$9.500 para um projeto sobre abusos contra crianças e adolescentes. A jornalista advertiu que a discussão que sucederia sua fala se daria em formato de entrevista coletiva, e orientou os calouro sobre como se portar em tal modalidade de reportagem. Decorridos doze minutos, Katherine passou a palavra a Manoel Sclindwein, que contou a sua trajetória, desde o trabalho como técnico em processamento de dados até a seleção para trainee da editora Abril, passando pela experiência no Bom Jesus/Ielusc, pelo trabalho no jornal A Notícia e pela experiência como correspondente do jornal Gazeta de Joinville em Brasília. Às 20h28 Martín Fernandez começou o relato sobre a carreira, as experiências como freelancer, os quatro anos de A Notícia e a sua contratação pelo jornal O Estado de São Paulo, após participar do curso de jornalismo aplicado do Estadão.

As perguntas foram liberadas às 20h44. A partir daí a discussão fluiu pela vereda política e social. Os jornalistas falaram sobre o preconceito que sofreram por serem “forasteiros” nos grandes centros de imprensa do país, explicaram porque tentaram sucesso na profissão fora de Joinville, e relataram quais foram os seus grandes desafios no jornalismo. Pela disposição da discussão as perguntas se tornaram muito sucessivas, causando alguma confusão nas respostas, que acabavam se cruzando. Em determinado momento, o acadêmico Sandro Gomes perguntou porque a proposta inicial de entrevista coletiva não estava sendo seguida. Ele foi aplaudido, e recebeu como justificativa o fato de que havia muito mais pessoas no anfiteatro que numa coletiva habitual.

A caloura Ariele Cardoso, 17 anos, achou que a fala dos jornalistas “convenceu mas não satisfez”. “Eles poderiam”, disse Ariele, “ter falado mais sobre os problemas do jornalismo, afinal, tudo tem um lado bom e um lado ruim”. Mesmo assim, Ariele disse que a recepção na faculdade superou as suas expectativas. Considerou que os exemplos serviram de incentivo para a entrada no jornalismo.

Quem corroborou com Ariele na questão do incentivo foi o calouro Felipe Rzeppa. “Achei válida a iniciativa porque eles também falaram sobre as suas dificuldades, pois penso que tudo que vem fácil vai fácil”, falou o calouro. Apesar disso, Felipe sustentou que já tinha planejado fazer algumas das “dicas” que os jornalistas deram, e classificou algumas das explicações dos antigos acadêmicos do Bom Jesus/Ielusc como “vagas”.

A Revi acompanhou os jornalistas formados no Bom Jesus/Ielusc na aula inaugural, e conversou com eles logo após o evento.

O jornalismo engajado de Katherine Funke

Manoel Schlindwein elogiou a iniciativa da instituição

"Não quero ser mais um cara chato", diz Martín Fernandez

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