A jornalista Katherine Funke, do jornal baiano A Tarde, formada no Ielusc, possui personalidade forte. Durante a entrevista coletiva na aula inaugural do curso de jornalismo de 2007 deu mostras do quanto leva a sério a profissão, de como sua posição é crítica e de enfrentamento e de como deve ser a conduta de um repórter ético, dedicado e capacitado. Qualidades que se refletem no trabalho Exploração Sexual Infanto-Juvenil, resultado do projeto selecionado no 3º Concurso Tim Lopes de Investigação Jornalística.
A jovem entrou na faculdade em 1999 e se formou em 2002. Nesse período foi bolsista do Necom (Núcleo de Pesquisas em Comunicação) e da Revi, também foi auxiliar no laboratório de fotografia. “Quando eu era estudante costumava discutir as reportagens do professor Gléber Pieniz com ele, que na época trabalhava no Jornal A Notícia”, relembrou Katherine durante a coletiva.
Primeira a falar, orientou os calouros sobre o comportamento numa entrevista coletiva, respondeu perguntas sobre política, causas sociais, relatou a infeliz experiência no Correio da Bahia (jornal do senador Antônio Carlos Magalhães) e deu atenção especial ao tema principal da entrevista, o jornalismo.
Katherine contou que todos os anos volta a Joinville, e que nessas visitas sempre vem ao Bom Jesus/Ielusc para rever amigos e professores. Ela disse que o curso tem melhorado, tanto estrutural quanto socialmente. Credita isso aos estudantes que lutaram por seus direitos, mas sabe que parte das melhorias se deve ao interesse do Ielusc em desenvolver a qualidade do curso. Ficou satisfeita com a coletiva, pois se surpreendeu com a participação dos calouros. “Achei que a maioria das perguntas estavam muito boas”.
A “socióloga”, como é chamada pelos colegas de jornal por seu espírito engajado contra as desigualdades sociais, explica que ganhou o prêmio Tim Lopes em equipe. Sugeriu a idéia ao editor Ricardo Mendes, que gostou e juntamente com os repórteres Eder Luis Santana e Jane Fernandes formaram a equipe. O grupo elaborou o projeto e enviou à organização do concurso. Foram um dos seis selecionados e receberam a verda de R$ 9.500, destinado à realização do trabalho. A partir daí construíram a matéria que denuncia a exploração sexual de crianças e adolescentes por todo o estado da Bahia e delataram autoridades e famílias que facilitavam esse abuso. Porém, o mais importante dessa tarefa, foi o jornalismo como agente transformador, preocupado em informar causas e características do problema, para que a sociedade tenha como reagir a esse tipo de violência.
Katherine lembra do tempo de movimento estudantil
Veja o que Katherine falou na aula inaugural