Começa sexta-feira (20) e se estende até o dia a 28 de novembro a Semana da Consciência Negra promovida pela Secretaria Municipal de Educação, pela Fundação Cultural de Joinville (FCJ) e por membros da sociedade civil que integram a comissão de organização. O evento é inédito na cidade e tem como função homenagear e dar visibilidade à cultura afro-brasileira desde suas mais tradicionais manifestações até suas formas contemporâneas. Durante os nove dias de atividade, o tema “Direito à diferença - Igualdade de direitos” será discutido em mesas redondas, palestras e debates.
A abertura da semana acontece na sexta-feira, às 9 horas, na praça Nereu Ramos, com apresentações de grupos artísticos, rodas de capoeira, grafitagem e varal literário, entre outras atrações. Ao longo da Semana da Consciência Negra, a programação acontecerá nos mais diversos locais da cidade como praças, escolas, universidade, centros de cultura afro e se desdobra, inclusive, para o vizinho município de Araquari.
Desfiles, homenagens, exposições fotográficas, contações de história, exibição de filmes e oficinas farão parte da programação, que também será marcada, no dia 27 de novembro, pela palestra de Edson Santos, ministro-chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Também faz parte da programação um ato de grande poder simbólico, que será realizado no dia 21 de novembro, às 16 horas, no Cemitério do Imigrante: uma placa fará homenagem aos afro-brasileiros – cativos ou libertos – que foram sepultados naquele lugar, equivocadamente tido como exclusivo das famílias de ascendência europeia.
Paralelamente à Semana da Consciência Negra, na sexta-feira e no sábado as sessões do Ciclo de Cinema promovidas pela FCJ em parceria com o Cinefrance na Cidadela Cultural Antarctica continuam prestigiando a cinematografia africana (confira os filmes deste final de semana na Agenda Cultural da Revi).
Dia dedicado à consciência negra, o 20 de novembro guarda um valor de representatividade muito maior do que o 13 de maio para a cultura afro no Brasil. Ao contrário da data que marca a abolição da escravatura – uma concessão do poder político e econômico imperial à causa escrava – o Dia da Consciência Negra celebra a resistência e a fibra do negro brasileiro através da homenagem a uma de suas lideranças mais significativas: Zumbi dos Palmares, símbolo da vida e da cultura dos quilombos, foi morto nesta data. Em muitas capitais do país, o dia é comemorado como feriado oficialmente incorporado ao calendário municipal.
Mais informações sobre a Semana da Consciência Negra e sua programação completa podem ser obtidas através do blog oficial.