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O 4º Encontro de Professores de Jornalismo do Paraná e 2º de Santa Catarina ocorre dias 17 e 18 de outubro, no anfiteatro do Bom Jesus/Ielusc, unidade centro. O evento conta com palestra, do jornalista Carlos Castilho com o tema “O futuro do jornalismo e o jornalismo do futuro”, mesa redonda discutindo “Os novos desafios à pesquisa, ensino e extensão na perspectiva do jornalismo do futuro”, entre outros temas e atividades. Confira a cobertura.
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>> Clique para ver o que foi discutido nos Grupos de Trabalhos |
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>>Produção Laboratorial - Eletrônicos |
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Rádio é o tema mais abordado |
Luiza Martin |
O grupo de trabalho Produção Laboratorial - Eletrônicos teve oito projetos inscritos, dos quais cinco abordam temas relacionados às práticas radiofônicas. Nesse sentido, o GT acompanha a tendência do Encontro de Professores de Jornalismo, o 4º do Paraná e o 2º de Santa Catarina, em que predominam trabalhos sobre o rádio. Na sala C-21 da unidade central do Bom Jesus/Ielusc foram mostrados programas radiofônicos, curta-metragens e exemplos de webjornalismo produzidos por estudantes e professores das instituições de ensino: Bom Jesus/Ielusc, Centro Universitário de Maringá, Unibrasil, Universidade Positivo, Universidade Federal do Paraná, Universidade do Vale do Itajaí, Organização Paranaense de Ensino e Universidade Comunitária Regional de Chapecó.
Antes do horário do intervalo, às 16 horas, os professores conversaram sobre as diferenças existentes entre as possibilidades oferecidas pelas instituições de ensino. Thays Renata, professora de radiojornalismo da Unibrasil, comentou que a instituição na qual leciona não bancou e nem colaborou com o resgate histórico que virou foco do trabalho compartilhado no encontro. Tal produção consiste no CD “ZYZ, o rádio contado por quem fez a história”, que reúne entrevistas na intenção de recuperar a memória do programa ZYZ.
Ana Paula Velho, professora de radiojornalismo da Cesumar, contou sua experiência na caminhada da Agência Megafone rumo à multimídia ou à “produção webjornalística de terceira geração”. Ela compartilhou algumas dificuldades enfrentadas na disciplina. Uma delas é a de produzir dois programas em duas aulas de 50 minutos, sem dividir a turma. Se existisse mais de um estúdio, pelo menos cinco, esse problema estaria resolvido.
Os horários da discussão foram marcados com uma rigorosidade britânica pelas coordenadoras do grupo de trabalhos, Izani Mustafá, do Ielusc, e Ana Paula Velho. Raras exceções passaram dos 20 minutos estipulados. Apesar das dificuldades em operar o Linux terem tomado tempo dos nove professores, o horário de finalização do GT não foi extrapolado. Às 18h05 todos, professores e alunos, partiram para a sala C-27, onde ocorria a Plenária, símbolo do encerramento do encontro.
Confira abaixo os detalhes dos projetos que incitaram os artigos.
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1. Rádio Teia - Uma experiência de radiojornalismo |
A Rádio Teia é produzida por alunos da Universidade Positivo. Com orientação do professor Luiz Witiuk, representante do projeto, os estudantes de jornalismo lidam com a produção do Jornal da Teia, que tem uma versão especial, transmitida ao vivo na internet. O trabalho se justifica como um laboratório para experiências de linguagem radiofônica e possibilita o contato com a elaboração de programas esportivos, culturais, educacionais, sociais e políticos. |
Rádio Teia
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Especial Jornal Teia - Universidade Positivo
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2. Programa ZYZ - Unibrasil |
História e Radiojornalismo: O programa ZYZ e a recuperação da memória dos 85 anos de rádio no Paraná é o título da proposta apresentada pela Unibrasil. Ao todo são sete programas de 15 minutos, compostos por entrevistas aos radialistas paranaenses que participaram do nascimento do rádio no estado. Thays Poletto e Matheus Amorin organizaram uma equipe de dez alunos da Unibrasil em torno do projeto. As entrevistas ainda não foram publicadas, mas, segundo Thays, estarão em breve disponíveis para download no sítio da UniBrasil. |
Programa ZYZ
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Programa ZYZ: Entrevista com Sílvio de Tarso
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3. Meio ambiente e preservação nas ondas do rádio - Unochapecó |
Este é um projeto experimental trazido pela professora de rádio Marisângela Torrescana, da Unochapecó, e elaborado por Cristiane Rossete. A idéia central é baseada em esclarecimentos e dicas que buscam a compreensão do meio ambiente e de como ele pode ser preservado. O formato do trabalho — que divide os temas de preservação do meio ambiente nos elementos: água, ar, fogo e terra — é definitivo, mas as vozes que formam o programa mudarão. As locuções serão regravadas por Cristiane e as vinhetas por crianças. O programa possui um manual semelhante a um roteiro de rádio. Ouça a proposta inicial. |
Meio ambiente no rádio 1
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Meio ambiente no rádio 2
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4. Rádio Poste Ielusc e Rádio Udesc FM: experiências com diferentes gêneros |
A professora de rádio do Ielusc, Izani Mustafá, contou aos participantes do GT partes da história da Rádio Poste e falou sobre a parceria entre a faculdade e a Rádio Educativa Udesc FM, que veicula programas produzidos por alunos ielusquianos. Entre as produções estão o "Macrofone", no ar desde 2006, e os programetes “A palavra é” e “Direito e Cidadania”, que começaram a ir ao ar no início de 2008. Todos são transmitidos para os ouvintes de Joinville pela emissora (91.9). Além disso, ela falou sobre radionovela, gênero que é produzido pelos alunos do 6º período.
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Radionovela "A Esbofeteada" - Bom Jesus / Ielusc
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"Chega de Saudade" - Bom Jesus / Ielusc
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5. Viva Voz - Univali |
Jornalismo ao vivo e diário com participação da comunidade, este é o caso do programa “Viva voz” da rádio Univali e TV Univali . Carlos Roberto Praxedes dos Santos representou a Univali, que possui uma rádio e uma emissora próprias, atuantes na cidade de Itajaí. O programa feito no formato radiofônico ganha espaço na programação televisiva. O processo de produção noticiosa no rádio é apreendido pelas câmeras — enquanto fala para um meio o entrevistado olha para câmera do outro. A Rádio Univali é transmitida também pela internet, no sítio da Universidade.
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6. Putz: Uma experiência pedagógica em vídeo - UFPR |
“O festival Universitário de cinema e vídeo de Curitiba”, conhecido como Putz, surgiu na UFPR de uma disciplina chamada Técnicas básicas de televisão. O professor Paulo Eduardo Cajazeira relatou dois anos de experiência ministrando as técnicas de TV. Buscou inserir autores como Roland Barthes em suas aulas para torná-las “menos tecnicistas”. O professor mostrou no GT o documentário “Transdigna” e o curta-metragem “Aluga-se”.
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Curta Transdigma - Parte 1 |
Curta Transdigma - Parte 2 |
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7. Primeira Pauta: Uma experiência de jornalismo acadêmico - Opet |
O xará do Primeira Pauta ielusquiano foi apresentado no GT por Márcio Oliveira Rodrigues. Uma das diferenças entre as duas produções consiste na forma de publicação que é feita, nas palavras de Márcio, "em um site com cara de blog, um blog com cara de site". O primeira Pauta paranaense tem o “Espaço Universitário”, reservado no Jornal do Estado, do Paraná. |
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8. Agência Megafone: uma produção jornalística de terceira geração - Cesumar |
Um exemplo do jornalismo multimídia que começa a se formar. “Caminhando para a terceira geração”. Assim a professora da Cesumar Ana Paula Velho define o sítio que possui um manual de redação baseado no da página do Ministério Público. Com a inserção de vídeos que acontecerá futuramente, a Agência Megafone entrará para os grupo dos produtores de informação multimídia. |
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>>Produção Laboratorial - Impressos |
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GT de impressos exibe diversidade |
Carolinne Sagaz |
“Ora Bolas: percursos de um jornal experimental” foi o único artigo do GT Produção Laboratorial - Impressos em que alunos participaram da apresentação. “É fundamental a experiência do jornal-laboratório”, disse a acadêmica Rayana Borba, uma das autoras do trabalho. Os outros artigos apontavam, já no título, a diversidade das experiências: “Jornal Mural Personalidade”, “Experimentações pedagógicas na produção do Jornal Primeira Pauta”, “O jornal-laboratório como proposta interdisciplinar”, “Jornal-laboratório Ágora: em busca de uma prática mais eficiente” e “Revista Experimentus”. Eram autores professores e alunos do Bom Jesus/Ielusc, Universidade Positivo, Univali, Unicentro e Universidade Comunitária Regional de Chapecó. Cerca de 20 pessoas ocuparam as cadeiras da sala C20, onde o GT, coordenado por Tomás Barreiros, estava localizado.
Samuel Pantoja Lima, Ana Carolina da Luz, Charles Anderson de França, Clayton Felipe Silveira, Francine Helmann, Jouber Humberto de Castro, Lorena de Andrade Trindade e Rayana Borba, todos do Ielusc, eram os autores de “Ora Bolas: percursos de um jornal experimental”. Durante a apresentação, foram discutidos alguns problemas do jornal, como a dificuldade de noção de hierarquização de funções dos alunos, já que, entre eles, existiam repórteres, editores, coordenadores. Também foram expostas algumas características das edições: as matérias eram “hardnews”, por isso a escolha das pautas tinha de ser rápida; os espaços, como os de enquete e entrevistas, eram fixos, para facilitar a diagramação e familiarizar o leitor; os temas abordados eram espelhados nos jornais A Notícia e Notícias do Dia. Os autores contaram que depois da experiência do jornal, alguns alunos desistiram do curso. “O Oras Bolas foi um divisor de águas”, comentou Jouber.
“Jornal Mural Personalidade” é de autoria de Emerson Castro, professor da Universidade Positivo. Emerson contou que o Personalidade é produzido por dois estagiários e surgiu em 2008, com a iniciativa de alunos. O formato é simples, porém colorido e chamativo. Todas as edições apresentam um perfil de um acadêmico. A proposta era de um jornal que “falasse diretamente a linguagem dos alunos”, não só em relação à linguagem, mas também ao conteúdo. Porém, o professor contou que as primeiras publicações chocaram os estudantes.
O professor Sandro Galarça, da Univali, apresentou o artigo “O jornal-laboratório como proposta interdisciplinar”. O jornal é mensal, produzido por alunos do 4º ano e se chama Cobaia. Galarça explicou que a prioridade é a interdisciplinariedade e que a proposta não é produzir matérias factuais, mas de caráter reflexivo; as pautas são contemporâneas e as abordagens são aprofundadas; os textos são longos e oferecem contrapontos.
“Revista Experimentus” é o artigo de 11 membros da Universidade Comunitária Regional de Chapecó: Mariangela Torrescasana, Jeanine Belline Guedes, Aline Dessbesell, Ana Regina Lucietto, César Romano, Elaine Andrade, Elizandra Buss, Edina Mara Pedruzzi, Maria Carolina Souza, Rafaela Taísa Menin e Tiago Franz. Jeanine era a única integrante do grupo presente no encontro. Ela contou que a revista Experimentus, produzida anualmente, não tem linha editorial, pois busca o ineditismo. A 4a edição, que tinha como tema “Desafio à humanidade” e falava sobre consciência ecológica, foi utilizada como material de divulgação do Prêmio de Jornalismo Ambiental. A próxima revista está sendo produzida e abordará o ano de 1968.
Juciano de Souza Lacerda, Luis Fernando Assunção e Jouber Humberto de Castro, do Bom Jesus, foram os autores de “Experimentações pedagógicas na produção do Jornal primeira Pauta”. Juciano contou que este foi o primeiro semestre em que os alunos puderam aproveitar textos de outras disciplinas no jornal. Ele explicou que o Primeira Pauta objetiva problematizar Joinville. Jouber ressaltou uma peculiaridade: a equipe era quase a mesma que produziu o “Ora bolas”, já que os dois jornais elaborados em semestres seguidos. Juciano concluiu: “É um desafio interessante, pois cada turma tem um perfil”.
“Jornal-laboratório Ágora: em busca de um prática mais eficiente” é de autoria de Layse Soares do nascimento e Márcio Fernades, professores do Unicentro. Márcio contou que os estudantes devem se envolver com a pauta. Citou duas matérias especiais: uma em que os alunos acompanharam caminhoneiros em viagens e outra em que foram feitos perfis de pessoas famosas. A última rendeu uma edição de 72 páginas. |
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>>Atividades de Extensão (veja entrevista com uma das participantes e depois acompanhe mais detalhes sobre as discussões apresentadas neste GT) |
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Da sala de aula para o palco |
Rosimeri Back |
O Grupo de Teatro da Universidade Positivo, de Curitiba, foi criado em 1999 e, desde então, é posto em prática por alunos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Agora, dois artigos inscritos no Encontro de Professores, que acontecerá no Bom Jesus/Ielusc, representam essa trajetória. São o “Projeto Shakespeare em inglês”, de Alexandre Castro e Patrícia Helena Rubens Pallu, e “A importância do teatro na formação do jornalista”, de Marília Gomes Ferreira.
No primeiro, é relatado o desenvolvimento de uma iniciativa que ainda está sendo ensaiada. Além de aprofundar o conhecimento com as obras de William Shakespeare, o projeto também tem como objetivo pedagógico trabalhar o ensino do mesmo idioma do dramaturgo, já que todas as falas da peça são em inglês. Como público, o grupo tem as escolas de línguas da própria instituição, além de qualquer um que compreenda inglês e queira apreciar o abrir das cortinas. A estréia está marcada para 12 e 13 de novembro.
Já no segundo artigo conta-se a história e a manutenção do grupo desde a sua criação, estabelecendo ligações entre a função da proposta e a formação dos estudantes, que já encenaram obras como “O Bem-Amado” – trama de Dias Gomes que ocupa a posição de primeira telenovela colorida da televisão brasileira, produzida pela Rede Globo.
Além das opções consagradas, desde 2001 o grupo decidiu focalizar temas em prol da comunidade. Assim, criaram uma peça para o público infantil chamada “Projeto Criança Desaparecida”, que já foi assistida por 9 mil pequenos espectadores.
Em 2006, as vertentes de atuação expandiram-se ainda mais. O Grupo de Teatro firmou parceria com a organização não-governamental Criança Segura para montar uma apresentação sobre a prevenção de acidentes entre jovens de 0 a 14 anos. O espetáculo leva o mesmo nome da ONG e a meta é alcançar 16 mil crianças até dezembro.
No ano passado, mais uma peça de cunho social ganhou espaço. “É um assassinato, mas não é um crime” colocou sob os holofotes a discussão sobre o abuso sexual na infância, com textos baseados em fatos reais. Este ano, outra parceria entrou no roteiro. Com a colaboração da Secretaria Municipal de Educação, a população é trazida para dentro da instituição, onde pode contemplar as apresentações do grupo, que é formado por 46 alunos, entre eles, alguns já formados.
A professora Marília Gomes Ferreira, 41 anos, que acompanha o grupo desde o início, conta que as vivências proporcionadas pelas artes cênicas desenvolvem a autoconfiança, a atenção, o trabalho em grupo, o espírito de liderança e a capacidade de expressão, entre outras habilidades úteis à vida do aluno como um todo. No começo, eles são tímidos e têm até medo de falar em público. Depois, “começam a se transformar”. Além disso, trabalha-se o engajamento estudantil e, conseqüentemente, a visão de responsabilidade social construída a partir dos temas que o Grupo de Teatro da Universidade Positivo já abraçou |
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>>Éticas eTeorias do Jornalismo; Pesquisa na Graduação |
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Pesquisa, teoria e prática marcam discussões |
Priscila Carvalho |
“Éticas, teorias do jornalismo e pesquisa” foi o tema de dois Grupos de Trabalho “aglutinados” de última hora, na sala C-22 do Ielusc. Ciências sociais, novas metodologias de trabalho com os alunos (teórico-práticas) e relatos de experiências guiaram a primeira parte das apresentações. Dos oito trabalhos cadastrados, apenas sete foram apresentados. Rogério Christofoletti, mediador do grupo, resolveu adiantar o debate, pois alguns professores faltaram.
Com o trabalho “Para outras leituras do jornalismo literário”, Jacques Mick e a estudante de jornalismo Letícia Caroline, do Bom Jesus/Ielusc, elencaram as principais questões em relação a ficção, desconstrução de discursos, estética do gênero, mentira, entre outros conceitos que norteam a pesquisa, partindo do pressuposto da verdade no jornalismo literário. A exposição suscitou uma série de discussões, principalmente da relação do objeto de pesquisa com a literatura. Jacques até faz uma analogia à pergunta: “Paulo Coelho é ou não literatura?”. Um dos autores mais citados foi Hunter S. Thompson, autor de "Medo e delírio em Las Vegas". A apropriação do conceito de ficção foi o que mais inflamou o debate.
Professora de sociologia e antropologia da Universidade Positivo, de Curitiba, Eliane Basilio de Oliveira relatou duas experiências teórico-práticas com alunos do curso de Jornalismo, realizadas em 2006. O trabalho de campo dividiu-se em visita a assentamentos do Movimento dos Trabalhadore Rurais Sem Terra (MST) e à exposição de xilogravura de J. Borges, no Museu Niemeyer. Eliane conta que certa vez levou alunos de Publicidade ao assentamento, o que provocou muitas surpresas e conflitos, desconforto também sentido pelo estudantes de Jornalismo. Outro fator importante para a efetivação do trabalho foi a relação com o jornal laboratório Lona, rendendo uma edição só com matérias críticas e reflexivas dos alunos.
A partir do comentário de um aluno sobre o caso Isabella Nardoni, a professora Lilian Muneiro, da Univali, se deparou com algo inédito. Na disciplina de Teoria da Comunicação, seus alunos tiveram 100% de envolvimento com os assuntos abordados, de abril a junho de 2008. A espetacularização do fato, nos meios de comunicação, fez com que os alunos focassem a atenção no conteúdo que era veiculado. Através de aulas dinâmicas, puderam trabalhar com teorias contemporâneas como agenda setting, newsmaking e a espiral do silêncio.
Francismar Formentão, da editora curitibana Coluna do Saber, fez uma breve exposição sobre a filosofia no estudo da comunicação a partir de leituras de Bakhtin. Giovanna Flores, Marci Martins e Solange Gallo, da Unisul, fizeram a divulgação da revista laboratório Ciência em Curso, procurando problematizar o fazer do jornalismo científico. Marcelo Lima e Márcio Fernandes falaram de pesquisas. Marcelo falou do Instituto Cultural de Jornalistas do Paraná (ICJP), que existe desde 2002. O instituto foi criado para suprir a demanda de divulgação de pesquisas de acadêmicos e professores. Foram publicados 18 livros até agora. Na última apresentação, Márcio Fernandes, professor da Unicentro (Universidade do Centro-Oeste do Paraná), relatou a experiência como líder do grupo Processos Midiáticos Eletrônicos e Impressos, que preconiza o comprometimento com a produção e divulgação de pesquisas.
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Projetos Pedagógicos e Metodologias de Ensino |
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Preocupação com o horário acelera GT |
Tuane Roldão |
Em meio a um clima de pressa e cumplicidade, 12 artigos foram apresentados e discutidos no GT Projetos Pedagógicos e Metodologias do Ensino. Os debates tiveram início às 14h30, na sala C-22. Cada participante tinha direito a 10 minutos para expor seu trabalho, o que gerou correria e reclamações. No fim das contas, o encontro do grupo foi até às 18h10, 50 minutos antes do término previsto.
A idéia principal dos debatedores girou em torno da apresentação das grades curriculares dos cursos de Comunicação Social dos estabelecimentos de ensino do qual fazem parte. Representando a Univali (Universidade do Vale do Itajaí), a professora Verônica Gesser explicou as bases do quinto currículo implantado no curso da instituição. Cinco eixos nortearam as mudanças: as disciplinas das humanidades, da comunicação, as específicas por habilitação, os projetos experimentais e os temas contemporâneos em comunicação.
Mário Messagi, da UFPR (Universidade Federal do Paraná) falou sobre o projeto “Jornal Comunicação”, que conseguiu unificar as produções laboratoriais dos acadêmicos de Jornalismo, nos meios impressos, de rádio, TV, internet e fotográficos. A idéia, segundo ele, é proporcionar aos alunos a escolha das disciplinas conforme seus gostos e interesses, já que o projeto é optativo. “Eles podem passear, mas que fiquem na casa”, brincou.
O professor Alexandre Castro, da Universidade Positivo, expôs aos participantes do GT as três disciplinas do eixo de empreendedorismo implantadas na grade do curso: Teoria geral da administração, Gestão de empresas jornalísticas e Projetos inovadores em jornalismo. A dificuldade inicial, segundo ele, foi a aceitação dos acadêmicos, que não entendiam a relação entre empreendedorismo e jornalismo — dúvidas essas que foram sanadas com os resultados da parceria. Entre eles, TCCs (trabalhos de conclusão de curso) patrocinados pela Lei de Incentivo à Cultura. “Jornalistas eram treinados para trabalhar como empregados. Hoje, ter um veículo próprio é muito mais palpável para os novos acadêmicos”, afirmou.
Entre todos os trabalhos, um exigiu interação e outro maior atenção do público. O primeiro, apresentado pela professora Thays Poletto, da Unibrasil, procurou mostrar aos presentes uma “linguagem sonora”. Ela pediu que todos fechassem os olhos e depois narrassem os sons que ouviram durante a dinâmica. Thays contou que esse tipo de atividade é realizada com os estudantes, que estão muitos ligados ao mundo visual. Além disso, falou sobre a disciplina de Rádio Comunitário que, segundo a professora, trouxe aos olhos de seus alunos um brilho desejoso de justiça e igualdade, já que houve redução no preconceito com a periferia.
O segundo foi apresentado em espanhol. A psicóloga Luz Maria Romero explicou o projeto “Conhecendo a América Latina, conhecendo outra língua”, da Universidade Positivo, que tem por objetivo formar profissionais versáteis e com maior bagagem cultural e lingüística. As aulas são ministradas em espanhol e contam com boa aceitação dos acadêmicos, que escolhem os países que querem “conhecer”. | |
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