Matéria 7324, publicada em 21/10/2008.
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O 4º Encontro de Professores de Jornalismo do Paraná e 2º de Santa Catarina ocorre dias 17 e 18 de outubro, no anfiteatro do Bom Jesus/Ielusc, unidade centro. O evento conta com palestra do jornalista Carlos Castilho, sobre o tema “O futuro do jornalismo e o jornalismo do futuro”, mesa-redonda discutindo “Os novos desafios à pesquisa, ensino e extensão na perspectiva do jornalismo do futuro”, entre outros temas e atividades. Confira a cobertura. |
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>>Clique para ver o que foi discutido nos Grupos de Trabalhos |
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Próximo encontro será em Chapecó |
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A próxima edição do encontro que reúne professores de jornalismo de Santa Catarina e do Paraná será realizada em Chapecó. A decisão da plenária, que quebra o tradicional rodízio entre os dois estados, foi estratégica: há interesse na participação do Rio Grande do Sul, o que, além de fortalecer o evento, cria a perspectiva de unificá-lo mediante o título de encontro sul-brasileiro de professores de jornalismo. Como os gaúchos também manifestaram essa intenção, a cidade do Oeste catarinense surgiu como a alternativa geograficamente perfeita, pois está perto da divisa com o Rio Grande do Sul. A Unochapecó vai sediar o encontro.
Após a decisão do local da edição 2009, a plenária do Encontro de Professores fez uma breve avaliação do evento. Os elogios à organização foram unânimes. Expressões do tipo "fomos bem recebidos", "me senti em casa", "ambiente aconchegante" somaram-se a comentários sobre a qualidade do debate e a grande produção de artigos (47 trabalhos inscritos). A professora Maria José Baldessar, da UFSC, comparou: "No Encontro Nacional havia quatro trabalhos no GT em que participei. No de hoje, que é regional, havia 13".
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Encontro debateu política e tecnologia do jornalismo |
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As duas dimensões propostas no tema do Encontro de Professores — o jornalismo do futuro e o futuro do jornalismo — foram contempladas na noite de abertura. Antes da conferência de Carlos Castilho ocorreu um ato político com a presença das principais lideranças nacionais dos jornalistas. Estavam no anfiteatro o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo; os presidentes de três sindicatos do Sul (de Santa Catarina, Rubens Lunge; do Paraná, Aniela Almeida; e de Londrina, Ayoub Hanna Ayoub); o presidente da Associação Catarinense de Imprensa, Billy Culeton; o diretor da Regional Sul II do Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo, Tomás Barreiros; os coordenadores da Campanha Nacional em Defesa do Diploma, Valci Zuculoto e Márcio Rodrigues.
O peso dessa representatividade, somado ao momento histórico que coloca a profissão de jornalista numa encruzilhada diante da iminência da decisão do STF sobre a questão do diploma, resultou num ato politicamente marcante para a categoria. Essa era a parte do "futuro do jornalismo": relato da mobilização nacional, debate sobre possíveis cenários e definição dos próximos passos da luta em defesa da exigência de curso superior para o exercício profissional.
Em seguida, Carlos Castilho abordaria aquilo que pode ser descrito como "o jornalismo do futuro", ou seja, aquele que será exercido (em alguns casos, já está sendo) quando a convergência digital estiver plenamente implantada. "Nada mais oportuno", disse o coordenador do curso de Jornalismo do Ielusc, Samuel Lima, "do que o tema escolhido para o encontro, que abarca essas duas dimensões". Para Samuel, a presença de lideranças representativas no encontro "tem a ver com a credibilidade do curso de Jornalismo do Bom Jesus/ Ielusc".
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Professores falam sobre perspectiva no ensino |
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Sidney Azevedo |
Após a mesa-redonda da manhã, os debatedores conversaram com a reportagem da Revi. Elaine Tavares, do Sindicato de Jornalistas de Santa Catarina; Maria José Baldessar, da Universidade Federal de Santa Catarina; Sérgio Gadini, Universidade Estadual de Ponta Grossa; e Tomás Barreiros, da Universidade Positivo, responderam a questões sobre o ensino do jornalismo, tendências e possibilidades de novos critérios para a formação.
Nova avaliação dos cursos
Tomás Barreiros falou sobre a possibilidade da criação de um sistema de avaliação dos mais de 300 cursos de jornalismo no Brasil a partir de instituições como o FNPJ e a Fenaj, para além do método de avaliação do MEC. Para Barreiros, que analisa os vinte anos de cursos de jornalismo no Brasil, “além dos extremismos de alguns cursos em fazer unicamente teoria ou exclusivamente prática, é hoje assente que não se pode dissociar as duas coisas”.
De terno verde e seguindo a idéia de Carlos Castilho, apresentada no dia anterior, Tomás afirma que com a popularização das mídias, coletar dados é fácil para qualquer um, sendo a grande tarefa do jornalista “escolher e organizar, do interior desse caos de informação, aquelas que podem ser as mais relevantes para a compreensão de um fenômeno”.
Demanda social e jornalismo
Sérgio Gadini, que também é diretor da Regional Sul do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo, não foi o mediador da conferência, como estava previsto, devido a uma forte rinite, sendo substituído por Rogério Christofoletti. Sobre o tema da conferência de Carlos Castilho, o futuro do jornalismo, afirma que o ensino brasileiro da área ainda “persiste em uma distinção entre demanda de mercado e demanda social”. Com uma boina à cabeça enquanto redigia a carta final do encontro, Gadini complementa sua concepção: “A demanda social é anterior à do mercado e à do Estado”.
Ele afirma que o jornalista é multidisciplinar: “Pinçamos critérios de muitas disciplinas. E é por aí que, como pretendia Gramsci, podemos interpretar por outro viés a realidade”. Gadini pensa que o debate da manhã levou a alguns pontos estéreis: “Continuamos a resgatar debates de décadas atrás, por vezes séculos, para pensar o futuro."
Interdisciplinaridade
“Os conceitos de outras disciplinas no dia-a-dia podem conviver com a linguagem específica do jornalismo”, sustenta Maria José Baldessar, tratada por alguns colegas e amigos como Zeca. A professora da UFSC menciona o conceito da globalização como estímulo a se ter um maior instrumental teórico para o exercício do repórter, que poderá concebê-lo em relação aos conceitos de capitalismo e imperialismo. “No entanto, nós tomamos a idéia de que o jornalismo precisaria usar da interdisciplinaridade e constituir um campo isolado”, o que, pensa Baldessar, constitui um problema que não possibilita novos métodos. Uma aproximação que ela entende que seria útil aos jornalistas seria apropriar-se da noção de se colocar no espaço do “nativo”, como se pretende na antropologia.
Predições e conhecimento
“Sou um pouco apocalíptica: ou o jornalismo muda ou morre”, afirma a jornalista Elaine Tavares, quando questionada sobre o futuro. Do seu “terceiro olho”, um toque levemente indiano em meio às leituras latino-americanas, fez o vaticínio após a mesa-redonda da manhã. Ela entende que a forma de se estruturar o ensino do jornalismo passa pela construção de um “conhecimento em que o estudante tenha uma natureza intelectual mais livre e criativa”, e não nascido do “cabresto” de citações de autores de modo seco.
A colonização intelectual, por isso, foi um dos temas sobre os quais mais polemizou. “Hegel, Kant e Marx apresentaram soluções para a sua Alemanha. No nosso caso, precisamos nos apropriar daquilo que eles têm, dos seus métodos”. A partir deles, afirma Elaine, o dever dos professores e estudantes seria ressignificar as questões para seus contextos.
A jornalista e sindicalista menciona o estudo de pessoas de fora das academias sobre o jornalismo, “talvez por uma falta de ousadia, talvez por um medo do capital”, e diz que “é das ruas que provém as novas idéias, do diálogo que daí nasce”.
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Jornal impresso não vai desaparecer, prevê Castilho |
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Carolinne Sagaz |
“Não vou trazer soluções, mas problemas”, avisou Carlos Castilho no início da conferência de abertura do Encontro de Professores de Jornalismo. Aproximadamente 100 pessoas integravam a platéia da palestra intitulada “O futuro do jornalismo e o jornalismo do futuro”, mediada por Juciano Lacerda e Tomás Barreiros. O total de inscritos no evento foi de 125 alunos e professores. A cerimônia de abertura oficial, que antecedeu a conferência, foi marcada pela apresentação do Coral do Bom Jesus/Ielusc.
Segundo Castilho, nenhuma mídia é substituída por outra. Porém, as que são incorporadas mudam as já existentes e alteram os valores e códigos do jornalismo. Portanto, o jornal impresso não vai desaparecer, mas perdeu a exclusividade na distribuição de informação por causa da “nuvem informativa” (a informação está em todos os lugares). O leitor não é mais “fiel”, pois atualiza-se através de vários canais de comunicação. Em razão disso, o jornalista precisa adquirir novas habilidades, como capacidade de narrativa multimídia, técnicas de jornalismo investigativo, analítico e de aluguel. Também podem aparecer novos cargos na redação, que teria um formato concêntrico: editor de fluxo, de notícias, de conteúdo e de formato final. Outra mudança aconteceria no método de ensino dos cursos superiores, onde tudo seria testado na internet e a prioridade seriam as pesquisas. Para o conferencista, as faculdades estão em estado de inércia, oferecendo muitas aulas teóricas quando “os problemas aparecem na prática”.
Castilho explicou que chama informação de “moeda social”, pois o público a utiliza como meio de inserção na sociedade. Tal moeda é vendida pela imprensa, mas a web mudou a forma com que isso acontece, já que o jornalista não é mais o produtor exclusivo de informação; a população também está inserida nesse processo. O fenômeno da proliferação dos blogs foi o principal responsável pela participação do público na produção da notícia. Segundo o jornalista, existem 112 milhões de blogs; por dia, são criados 175 mil e acontecem 18 atualizações por segundo. Porém, esses números causaram uma “polifonia informativa”. “Informação em excesso é sinônimo de falta de informação”, comentou Castilho.
Outro tema abordado foi a produção de blogs, sites e enciclopédias colaborativas, que não têm dono; as informações são fornecidas e manipuladas por pessoas comuns. Alguns exemplos são o Projeto Seti, Software Wiki e Wikipedia, que já foi traduzida, também por colaboradores, para 250 línguas. Um dos problemas desse tipo de site é que o usuário encontra dificuldades para selecionar as informações confiáveis. Para Castilho, uma possível solução é o sistema de reputação, utilizado principalmente por sites comerciais. Ele explicou que o sistema funciona com uma equação matemática que transforma votos em porcentagem com baixa margem de erro. “É a ferramenta que tem maior possibilidade de chegar perto da verdade, mas existe há pouco tempo”, disse Castilho.
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O futuro do diploma após o julgamento |
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Luiza Martin |
O presidente da Fenaj, Sergio Murillo, compareceu na abertura e reunião de coordenadores do 4º Encontro de Professores de Jornalismo e 2º Encontro de Professores de Jornalismo de Santa Catarina, que aconteceu na tarde e noite de sexta-feira, 17 de outubro. O jornalista conversou com a Revi sobre a obrigatoriedade do diploma, que está para ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal neste semestre, e disse que, caso o parecer da justiça seja favorável aos jornalistas, a Fenaj irá continuar lutando por melhorias para os profissionais. Se o diploma cair, Sergio Murillo afirmou que a federação “não trabalha com isso”. A bolsista da Revi Luiza Martins entrevistou Murillo.
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Ouça a entrevista |
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Gestão e mediações nas rádios comunitárias |
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Carolinne Sagaz |
Para Terezinha da Silva, doutora em Comunicação Social e professsora titular da Universidade Comunitária Regional de Chapecó, autora do livro “Gestão e mediações nas rádios comunitárias – Um panorama do estado de Santa catarina”, o Ministério das Comunicações é o principal responsável pelo alto número de emissoras comunitárias clandestinas. Terezinha fez parte do grupo de escritores que apresentaram suas obras na primeira noite do Encontro de Professores de Jornalismo. Um exemplar de seu livro já havia sido doado para a biblioteca Castro Alves pela Unochapecó em setembro deste ano.
Terezinha acredita que o processo para legalizar uma rádio de pequeno porte melhorou nos últimos anos, porém ainda é muito lento. Na pesquisa que originou o livro, feita entre 2003 e 2005, com 120 emissoras de baixa potência de Santa Catarina, a rádio que levou menos tempo para conseguir autorização de funcionamento, o fez em três anos. “Algumas estão esperando há seis ou sete anos”, contou a autora. Ela explicou que na tentativa de agilizar o processo, algumas emissoras acabam sendo manipuladas por políticos ou igrejas e, então, tornam-se particulares. “Não acredito que as rádios que estão nessa situação cumpram seu papel social”, disse Terezinha. Ela citou, como exemplo, o caso da Rádio Natureza, de Balneário Camboriú, que ficou nas mãos de Leonel Pavan.
Outra observação feita por Terezinha foi a forma de punição às emissoras clandestinas, aplicada pela Anatel: há um grande esquema de policiamento; as rádios podem ser fechadas, multadas e até processadas. Segundo ela, tudo se torna muito traumático para as pessoas envolvidas.
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Sexto período apresenta programa de rádio ao vivo |
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Na manhã de sábado, entre 8h40 e 9h10, foi ao ar o programa ao vivo, na Rádio Poste Ielusc, o especial “Encontro de Professores”, produzido pelos estudantes Ariadna Straliotto, Jouber Castro, Lindanir Tomelin, Rayana Borba, Rosimeri Back e Tatiane Martins. A equipe, uma das cinco da turma do 6º período de Produção e Difusão em Rádio I, aceitou o desafio de apresentar – na data já programada dentro do plano de aulas do semestre – um programa ao vivo e especial sobre o 4º Encontro de Professores de Jornalismo do Paraná e 2º Encontro de Professores de Jornalismo de Santa Catarina ao invés de um programa de variedades, cujo produção com os demais grupos terá continuidade nos próximos quatro sábados, quando acontecem as aulas práticas de rádio.
Os sete integrantes da equipe que apresentaram o programa especial planejaram a cobertura dos principais momentos dos eventos duas semanas antes dos eventos. Cada um da equipe ficou responsável por uma matéria. O programa contém reportagens com o jornalista Carlos Castilho, que publica o blogue Código Aberto, no sítio Observatório da Imprensa, com professores que lançaram livros na noite de sexta-feira, 17 de outubro, e sobre os Grupos de Trabalho, realizados na tarde de sábado, 18 de outubro, e duas entrevistas feitas ao vivo – durante a apresentação do programa – com Jacques Mick, conferencista da mesa-redonda sobre “Os novos desafios à pesquisa, ensino e extensão na perspectiva do jornalismo do futuro”, e professores que participaram do debate Tomás Barreiros e Elaine Tavares. O programa contou com a participação de Ivan Almeida na edição final e supervisão da professora Izani Mustafá. Para ouvir o programa, clique nos links abaixo:
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Especial Encontro de Professores - Parte 1 |
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Especial Encontro de Professores - Parte 2 |
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Leia a íntegra da Carta de Joinville |
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"Carta de Joinville
Os professores, estudantes e profissionais presentes no IV Encontro Paranaense de Professores de Jornalismo e II Encontro de Professores de Jornalismo de Santa Catarina, eventos realizados, simultaneamente, na cidade de Joinville/SC, nos dias 17 e 18 de outubro de 2008, manifestam-se favoráveis ao compromisso em defesa de uma formação profissional de qualidade pautada pelas demandas sociais relacionadas à mídia e, dessa forma, ratificam a necessidade de manter e aprofundar a regulamentação para o exercício do jornalismo com base na formação universitária de graduação.
Os participantes entendem que o fortalecimento do campo jornalístico reside, também, na capacidade de organização dos profissionais da notícia e do ensino na área, seja por meio de manifestações, debates, cobranças junto às instâncias de administração pública (tribunais, legislativo e/ou setores do executivo), ou mesmo envolvendo estudantes, pesquisadores e docentes numa luta que é entendida como de toda a sociedade brasileira. Tais ações devem reforçar as mobilizações em curso protagonizadas pelos Sindicatos e pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), em parceria com o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) e a Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), dentre outras entidades.
Em tempos de convergência tecnológica, os presentes avaliam que o jornalismo é, sem dúvida, uma forma social de produção do conhecimento que, ao mesmo tempo em que mantém suas especificidades conceituais e técnicas, preserva uma perspectiva multidisciplinar capaz de possibilitar aos seus usuários/interlocutores o exercício da condição de cidadania em meios às complexas relações que marcam as sociedades contemporâneas. Cabe, pois, aos docentes, profissionais, estudantes e pesquisadores da área buscar formas de aprofundar o debate, forjando referências teóricas e metodológicas próprias e consistentes capazes de ampliar as perspectivas de reflexão e produção do conhecimento jornalístico em sintonia com as demandas da sociedade civil.
Na mesma perspectiva, os participantes dos Encontros defendem que a crescente profissionalização do setor deve se desenvolver em sintonia com a melhoria das condições de ensino, compatíveis com a digna função exercida pelos docentes. É, portanto, tarefa das Instituições de Ensino Superior que mantêm cursos de Jornalismo dispor de condições estruturais adequadas capazes de habilitar os estudantes (futuros profissionais) a interagir com os mais diversos setores sociais, em especial com os grupos historicamente excluídos dos bens e serviços de interesse público.
Diante do exposto, os participantes firmam um compromisso coletivo em defesa da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo, aprovando a realização de atividades – envolvendo estudantes, profissionais e docentes da área – para levar o debate à sociedade civil, como forma de legitimar a produção de uma informação de qualidade e efetivamente preocupada com as lutas e os problemas sociais, as demandas da informação e a ampla defesa da condição de cidadania. Afinal, a defesa da Regulamentação Profissional do Jornalismo é a defesa da própria democracia e, portanto, uma luta de todos.
Joinville, Primavera de 2008."
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"Observatórios melhoram o jornalismo" |
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Priscila Carvalho |
O professor Rogério Christofoletti, doutor em Ciências da Comunicação pela USP e autor de seis livros, é um dos participantes do encontro. Na Univali, ele coordena o projeto Monitor de Mídia, pioneiro no estado. Rogério conversou com a Revi sobre essa experiência.
Como você posiciona as experiências dos observatórios de imprensa no futuro do jornalismo e no jornalismo do futuro, fazendo uma relação com o tema abordado hoje?
Christofoletti - Os observatórios de imprensa, de maneira geral, podem contribuir para o futuro do jornalismo, e também para o jornalismo do futuro. Na medida em que permitem que a audiência, os públicos possam contribuir mais para o fluxo de informação e para o próprio processo de confecção das informações e da própria sistematização da comunicação como um todo. Nesse sentido, o público pode deixar sua posição mais passiva e efetivamente participar dentro dessa equação da comunicação.
Você acredita que a internet é um meio democratizante?
Christofoletti - Penso que sim. Eu acho que temos grandes possibilidades de democratizar a comunicação, de oferecer alternativas de comunicação. A internet vem para ajudar. Eu penso que com esse momento de convergência de mídias, de junção de mídias, a gente tende a permitir que cada pessoa, que assim quiser ou tiver condições, venha a ser produtora de informação. É a gente ter, efetivamente, uma inteligência coletiva, com já previu Pierre Lévy.
E como fica a ética nos observatórios de imprensa?
Christofoletti - Os observatórios de imprensa olham para questões técnicas e éticas. No caso da internet, ela reserva tantos problemas com essas novas mídias. Os problemas não foram resolvidos. Eles podem se tornar mais agudos se a gente não observar isso. A gente tem que ficar de olho, o público pode dar uma contribuição muito efetiva nesse sentido.
E a educação, nesse âmbito?
Christofoletti - Os observatórios têm, ao menos, duas funções: primeiro é contribuir, observar e monitorar mídia, apontar deslizes, problemas. Isso é um objetivo. Um segundo é ajudar a alfabetizar os públicos, a ler criticamente a mídia. O que é uma forma de educação. Na verdade, as pessoas ficam tanto tempo aprendendo, por exemplo, a se alfabetizar na escola, “letramento”. E, muitas vezes, não se tem noções básicas de como ler a mídia. As pessoas estão sempre muito tempo submetidas àquilo. Então deveriam, também, passar por um processo como esse. Então, acho que os observatórios são “papéis”, nesse sentido.
Você também utiliza blog. Como é sua relação com essa mídia?
Christofoletti - Blog, para mim, é a mídia numa só. É um canal em que me comunico com colegas, alunos, muita gente. Dividir coisas que eu aprendi, ou o que estou conhecendo. Perguntar coisas. É um canal aberto de comunicação. É meio que um vício ser blogueiro. Tenho desde 2005, este é meu segundo blog. E sempre que posso, estou ali trabalhando, jogando coisas, e provocando, me indignando. Acho que é importante, é uma plataforma. Eu penso que é uma mídia de transmissão. Não sei se daqui a cinco anos a gente vai ter blogs. Mas, enquanto a gente tiver, vamos utilizar.
Como você vê a ética no jornalismo, tanto na mídia televisiva, impressa, internet e rádio?
Christofoletti - O jornalismo brasileiro melhorou muito. Se a gente for observar, depois da redemocratização, o jornalismo brasileiro deu um salto incrível. É claro que a gente não resolveu todas as coisas. Há problemas sérios. Como a respeito da conduta ética dos profissionais e dessaa estrutura da comunicação no Brasil. Essas duas questões têm importância. Mas ainda continuamos a provocar "crimes de imprensa", deslizes, questionáveis do ponto de vista ético. Basta ver a cobertura, nos últimos dias, do seqüestro de Santo André. Tem limites. Quais são os limites de a gente atuar? O que se espera da gente? O que podemos dar para o público? O que nós devemos fazer? Podemos ou queremos fazer?
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Coordenadores discutem diploma |
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Ariane Pereira |
Reuniram-se na tarde de hoje (17 de outubro) 12 coordenadores de curso e representantes da Fenaj no Salão Vermelho — que desta cor tem apenas as cadeiras — para discutir questões gerais de ensino, pesquisa e extensão antes do Encontro de Professores. Uma das questões que estavam em pauta no debate foi o diploma de Jornalismo, cuja obrigatoriedade está prestes a ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal. Quando o julgamento for marcado, a Fenaj espera que todas as escolas de Jornalismo se mobilizem no dia. Entretanto, se o diploma cair, ainda não há planos.
Para Sergio Murillo, o presidente da Fenaj, a luta pela regulamentação necessita de apoio das escolas. O carro chefe da campanha é o livro “Formação superior em Jornalismo – uma exigência que interessa à sociedade”, de vários autores, entre eles, Nilson Lage. A Fenaj espera que o livro sirva para a divulgação da campanha. A obra estará à venda durante o Encontro de Professores no valor de R$ 10,00.
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Jornais-laboratório viram artigos |
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Rosimeri Back |
Depois de um semestre de aulas teóricas, práticas e oito edições de um jornal laboratório em folha A3 (frente e verso), a atividade exercitada em Meios Impressos II foi registrada no artigo “Ora Bolas: percursos de um jornal experimental”, de autoria do professor da disciplina, Samuel Pantoja Lima, e mais sete alunos ielusquianos que fizeram parte do processo no primeiro semestre deste ano. O trabalho está inscrito no GT Produção Laboratorial - Impressos.
O prazo era de apenas quatro horas, todo sábado de manhã, para receber a pauta, ir às ruas, apurar informações, fotografar, voltar para o laboratório, editar, diagramar e mandar a impressão para o centro de cópias da faculdade. As funções eram divididas e revezadas a cada semana. Através de votação, o projeto visual foi planejado e escolhido pela turma. As pautas eram baseadas nos jornais A Notícia e Notícias do Dia – impressos diários de Joinville –, e nas sugestões dos alunos ou dos dois professores que ministraram as aulas.
A maioria dos estudantes que passou por esse processo agora cursa Produção e Difusão em Meios Impressos I – na qual é desenvolvido o jornal laboratório do curso de Jornalismo. O semestre ainda nem acabou, e essa disciplina já está sendo representada por outro artigo inscrito no Encontro de Professores. “Experimentações pedagógicas na produção do Jornal Primeira Pauta” foi escrito em aproximadamente 24 horas pelos dois professores da disciplina, Juciano de Sousa Lacerda e Luís Fernando Assunção, juntamente com o aluno Jouber Humberto de Castro, que também participou das aulas e da produção do artigo sobre o Ora Bolas.
Nas apresentações marcadas para amanhã, o Primeira Pauta, impresso ielusquiano, dividirá o tempo com um xará: o Primeira Pauta da Organização Paranaense de Ensino Técnico. Este, porém, é digital e será representado pelo artigo “Primeira Pauta - uma experiência no jornalismo acadêmico na Opet”, de Márcio de Oliveira Rodrigues, Carla Catiane de Cristo Rocha e Alexandre Correia dos Santos.
Com um organizado formato em layout de blog, o Primeira Pauta é um jornal voluntário. Os alunos interessados reúnem-se fora do horário de aula para pôr o projeto em prática. Também não ganham nota por isso. A intenção é exercitar a produção textual, em pautas preocupadas com a qualidade da informação, no intuito de auxiliar a formação dos cidadãos. A cada quinzena, alguns dos textos estudantis postados na web são escolhidos para publicação em jornais locais de Curitiba.
Além desses artigos, outros sete abordam temas semelhantes: quatro sobre jornais e três sobre revistas desenvolvidas por alunos de comunicação social. Confira as apresentações amanhã à tarde, no Encontro de Professores realizado no Bom Jesus/Ielusc. |
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O lúdico como forma de ensino-aprendizagem |
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Rosimeri Back |
Foi pensando em dividir com colegas de profissão a experiência tida em sala de aula que a professora do Ielusc Marília Crispi de Moraes Maciel, 37 anos, inscreveu o artigo “Uma experiência interdisciplinar e lúdica no curso de Comunicação Social” no Encontro de Professores.
O relato de cinco páginas se refere à oficina de Marketing Eleitoral realizada de 7 a 26 julho deste ano. Sem férias de inverno, Marília deu 60 horas de aula lúdica para 21 alunos. O jogo consistia em simular uma campanha eleitoral. Para isso, os alunos foram divididos por partidos e, em cada um destes, escolhido um candidato para disputar o cargo de prefeito de Joinville.
A partir daí, a jogada seguinte consistiu em planejar estratégias de campanha para diferentes formas de veiculação, como rádio, televisão e assessoria, elaborando projetos gráficos, propostas e administrando o tempo.
Na corrida eleitoral também era possível sondar a intenção de votos. A interação foi feita com outra turma que abdicou das férias para aprofundar o conhecimento. Quem estava no seminário “Imagem e vida: o corpo como (im)possibilidade de relação estética” pôde conhecer e analisar as propostas de cada candidato.
Como cartada final, organizou-se um debate que foi avaliado por seis profissionais de comunicação. Para a ocasião, os assessores observaram os pontos fracos dos concorrentes, a fim de ajudar seu representante. Várias das propostas apresentadas na oficina coincidiram com estratégias da eleição municipal deste ano.
Marília conta que houve entrosamento e troca de experiências entre os participantes, que estavam entre o segundo e o último período de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. No meio do caminho, eles próprios se deram conta de que estavam pondo em prática conhecimentos adquiridos em várias cadeiras do curso, como semiótica, ética, direção de arte, sociologia e comunicação.
Segundo a professora, que tem mestrado em ciências da linguagem, além de preparar o aluno para o mercado de trabalho, um dos objetivos foi proporcionar esse entrelaçamento de disciplinas, para que o aluno tenha uma visão holística do conhecimento.
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Produtos Laboratoriais tem predominância do rádio |
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Sidney Azevedo |
O grupo de trabalho (GT) destinado à discussão dos produtos laboratoriais eletrônicos teve uma preponderância de artigos que falam sobre o meio radiofônico. Das oito apresentações, cinco envolvem a produção e difusão em rádio, duas versam sobre webjornalismo e uma refere-se à televisão. “Creio que esse número tem relação com um envolvimento na adrenalina do rádio que os alunos têm após o primeiro contato com o meio”, considera Luiz Witiuk, professor da Universidade Positivo, de Curitiba, que apresentará o artigo “Rádio Teia – uma experiência de radiojornalismo”. O trabalho desenvolvido compreende a produção jornalística feita por alunos da universidade.
O modo de produção de conteúdos é considerado pelo professor Paulo Cajazeira, da Universidade Federal do Paraná. Cajazeira entende que há mais facilidade, em termos técnicos, de se criar um programa de televisão do que em se fazer um programa de rádio. Ele apresenta o único trabalho relacionado à produção televisiva, “PUTZ: uma experiência pedagógica em vídeo”. Refere-se ao Festival Universitário Zé do Caixão, de espectro nacional, onde a produção de vídeos universitários é estimulada.
Além destes, há mais três trabalhos paranaenses: “História e radiojornalismo: o programa ZYZ e a recuperação da memória dos 85 anos de rádio no Paraná”, de Thays Poletto e Matheus Amorim, ambos da UniBrasil. Um artigo trata do homônimo digital do jornal laboratório ielusquiano, “Primeira Pauta: uma experiência no jornalismo acadêmico da Opet”, de Márcio de Oliveira Rodrigues, da Organização Paranaense de Ensino Técnico. De Ana Paula Machado Velho, do Centro Universitário de Maringá, é o texto “Agência Megafone: produção webjornalística de terceira geração”, que relata os percursos da geração de um produto jornalístico conforme as peculiaridades da Internet.
A participação catarinense neste GT envolve o trabalho de Izani Mustafá, “Rádio Poste Ielusc e Rádio Udesc FM: Experiências com diferentes gêneros”. Da Unochapecó vem o artigo “Meio ambiente e preservação nas ondas do rádio”, de Mariângela Torrescasana, Ilka Goldschmidt e Cristiane Rosset. “Jornalismo ao vivo e diário com participação da comunidade: o caso do programa 'Viva Voz' da Rádio e TV Univali”, de Carlos Praxedes. O GT inicia-se dia 18 de outubro, às 14h30.
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Ielusc, Univali e Positivo têm maior número de trabalhos |
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Alexandre Borges |
Com exceção da entidade anfitriã, a Univali, de Itajaí, e a Universidade Positivo, de Curitiba, são as instituições que trarão mais trabalhos para o Encontro de Professores de Jornalismo do Paraná e Santa Catarina. As duas universidades somam 18 artigos aprovados pela coordenação dos GTs. O evento começa nesta sexta-feira, no Bom Jesus/Ielusc, que por sua vez, será representado por sete trabalhos de um total de 43.
Da Univali vem sete trabalhos. Dentre eles, o “Projeto experimental: uma proposta interdisciplinar de comunicação”, que aborda a disciplina implantada este ano na nova grade curricular do curso de Comunicação Social. A disciplina incentiva os acadêmicos a terem espírito empreendedor e a trabalharem as três faces da comunicação social em conjunto, já que na Univali o curso tem três habilitações: Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas. Os acadêmicos formam grupos interdisciplinares com pelo menos um integrante de cada curso. Depois criam uma empresa, fazem sondagens de mercado, análises ambientais e por fim apresentam projeto de comunicação.
Com a integração dos três cursos, o aluno acaba tendo uma visão mais ampla da comunicação. “O jornalista não vai pensar mais em sair da faculdade e ir direto para a redação. Ele pode ter seu próprio negócio através de noções obtidas do trabalho do relações públicas e do publicitário, e vice-versa”, explica a professora Vera Sommer, 47 anos, responsável pelo trabalho no primeiro semestre de 2008, na Univali.
Os destaques da Universidade Positivo são as atividades de extensão. Só nessa área a instituição curitibana apresentará cinco trabalhos. Um deles chama a atenção: “A importância do teatro na formação do jornalista”, de Marília Gomes Ferreira. Sobre esse artigo, leia a matéria "Da sala de aula para o palco". |
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Da sala de aula para o palco |
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Rosimeri Back |
O Grupo de Teatro da Universidade Positivo, de Curitiba, foi criado em 1999 e, desde então, é posto em prática por alunos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Agora, dois artigos inscritos no Encontro de Professores, que acontecerá no Bom Jesus/Ielusc, representam essa trajetória. São o “Projeto Shakespeare em inglês”, de Alexandre Castro e Patrícia Helena Rubens Pallu, e “A importância do teatro na formação do jornalista”, de Marília Gomes Ferreira.
No primeiro, é relatado o desenvolvimento de uma iniciativa que ainda está sendo ensaiada. Além de aprofundar o conhecimento com as obras de William Shakespeare, o projeto também tem como objetivo pedagógico trabalhar o ensino do mesmo idioma do dramaturgo, já que todas as falas da peça são em inglês. Como público, o grupo tem as escolas de línguas da própria instituição, além de qualquer um que compreenda inglês e queira apreciar o abrir das cortinas. A estréia está marcada para 12 e 13 de novembro.
Já no segundo artigo conta-se a história e a manutenção do grupo desde a sua criação, estabelecendo ligações entre a função da proposta e a formação dos estudantes, que já encenaram obras como “O Bem-Amado” – trama de Dias Gomes que ocupa a posição de primeira telenovela colorida da televisão brasileira, produzida pela Rede Globo.
Além das opções consagradas, desde 2001 o grupo decidiu focalizar temas em prol da comunidade. Assim, criaram uma peça para o público infantil chamada “Projeto Criança Desaparecida”, que já foi assistida por 9 mil pequenos espectadores.
Em 2006, as vertentes de atuação expandiram-se ainda mais. O Grupo de Teatro firmou parceria com a organização não-governamental Criança Segura para montar uma apresentação sobre a prevenção de acidentes entre jovens de 0 a 14 anos. O espetáculo leva o mesmo nome da ONG e a meta é alcançar 16 mil crianças até dezembro.
No ano passado, mais uma peça de cunho social ganhou espaço. “É um assassinato, mas não é um crime” colocou sob os holofotes a discussão sobre o abuso sexual na infância, com textos baseados em fatos reais. Este ano, outra parceria entrou no roteiro. Com a colaboração da Secretaria Municipal de Educação, a população é trazida para dentro da instituição, onde pode contemplar as apresentações do grupo, que é formado por 46 alunos, entre eles, alguns já formados.
A professora Marília Gomes Ferreira, 41 anos, que acompanha o grupo desde o início, conta que as vivências proporcionadas pelas artes cênicas desenvolvem a autoconfiança, a atenção, o trabalho em grupo, o espírito de liderança e a capacidade de expressão, entre outras habilidades úteis à vida do aluno como um todo. No começo, eles são tímidos e têm até medo de falar em público. Depois, “começam a se transformar”. Além disso, trabalha-se o engajamento estudantil e, conseqüentemente, a visão de responsabilidade social construída a partir dos temas que o Grupo de Teatro da Universidade Positivo já abraçou.
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O desafio da iniciação científica |
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Rosimeri Back |
Inscrito no Encontro de Professores, o artigo “Para outras leituras do jornalismo literário” parte do princípio de que a ficção não é uma atribuição do falso ou necessariamente do discurso literário, mas é uma característica de todos os discursos – inclusive do jornalismo. A idéia do artigo surgiu da monografia (ainda em andamento) de Letícia Caroline da Silva, 21 anos, que cursa o oitavo período de jornalismo no Bom Jesus/Ielusc.
Segundo Letícia, o artigo de cinco páginas aponta caminhos abertos e questões que a monografia vai suscitar, “como se fosse para provocar o público, para provocar uma discussão maior”. Como um dos requerimentos para a inscrição de um trabalho no evento é a co-autoria de um professor, Letícia convidou o orientador da monografia, Jacques Mick, 37 anos, para participar da produção do artigo. A partir daí, foram três semanas e quatro versões até o projeto final.
A aluna avalia que “foi legal e não foi”, porque a faculdade não trabalha muito a escrita de artigos. “Eu me bati um pouco quanto a isso, mas com a ajuda do Jacques consegui estruturar”. Letícia tem bastante expectativa quanto à apresentação, que será feita por ela mesma na tarde do próximo sábado, 18 de outubro. “É a primeira vez que eu apresento artigo, então vamos ver o que vai dar, né?”
Para Jacques, é sempre um desafio para um aluno encarar a iniciação científica, por exemplo, com a responsabilidade de produzir um artigo para um congresso ou para um evento científico de toda natureza. Em relação à pesquisa de Letícia, que ainda está em andamento, Jacques explica que é uma oportunidade importante de expor o resultado de uma investigação intelectual para uma platéia composta por pares do campo científico. “A motivação principal de um trabalho como esse é trazer, quase como convidar, alguém que está concluindo a sua formação agora para participar deste campo acadêmico e compartilhar com outros professores e com outros alunos os resultados, ainda que parciais, de um projeto de pesquisa”.
Antes dessa apresentação, Jacques fará uma conferência, no sábado de manhã, que tem um ponto em comum com o artigo: a importância de desenvolvimentos teóricos para que não só a pesquisa, mas também o ensino e a extensão no jornalismo, possam avançar mais rapidamente do que tem avançado nos últimos 20 anos, a fim de compreender os desafios que a convergência digital está impondo para o exercício do jornalismo no futuro.
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