Revi Bom Jesus/Ielusc

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Matéria 0386, publicada em 03/10/2003.


"Nada é tão ruim que não possa piorar"

Robson da Silva

Você com toda certeza já deve ter escutado alguém dizendo a famosa frase: “Pior do que já está não pode ficar”. Pois bem, no Ielusc essa frase não tem uma recíproca muito verdadeira. No semestre passado nós exigíamos alguma explicação da instituição sobre os critérios de escolha e distribuição das bolsas de estudo na faculdade.Hoje, quase enforcando o ês de setembro, nós ainda não sabemos qual o dom supremo, ou a dádiva divina que o cristão deve ter para conseguir uma bolsa de estudos. Infelizmente, (e não pense que estou exagerando) as chances de você conseguir uma bolsa no Ielusc, são as mesmas que você tem de acertar na Mega-Sena. Até algum tempo atrás, nós poderíamos dizer que o processo de seleção dos bolsistas no Ielusc era mistério para o mister “M” desvendar. Mas, como ele já saiu de moda, paciência.

A frase mais apropriada para refletir o atual estado de penúria pela qual passa nossa estimada instituição seria: “Nada é tão ruim que não possa piorar”. Pois veja só. Antigamente a reprografia era, (com o perdão da palavra), uma porcaria! Hoje, nem formatar um arquivo eles sabem. Tirar cópias frente e verso então, é algo impossível. E o pior é que os inestimáveis seres da reprografia ainda tem a coragem de nos intitular como burros. Ora vejam só, a falta de capacidade deles para manipular as copiadoras, agora é nossa culpa. Antigamente nós ainda conseguíamos fazer cópias com o disquete, você chegava dava o disquete para o rapaz e pronto. Hoje, para tirar cópias de disquete só do laboratório, pois é perigoso passar vírus para os micros deles. Será que eles nunca ouviram falar em anti-vírus?

Pelo menos uma vez por semana alguma turma de comunicação do Ielusc vai até o mundo encantado do Complexo no Saguaçu para ter aula, valha-me Deus, sem comentários! Nossa faculdade está deserta, no Ielusc o capim rola ao assovio do vento, fazendo parecer um cenário de filme de faroeste. Até imagino o nome do filme, “Ielusc, o Instituto Fantasma”, sim, porque do jeito que as coisas estão, no próximo semestre terão mais funcionários na instituição do que acadêmicos. A turma do jornalismo 4 é um exemplo, na quinta-feira quando está dividida, uma delas é composta por sete alunos. E o pior é que o reflexo disso tudo mais tarde vai doer nos nossos bolsos, afinal, pagar um professor para dar aula para sete alunos não deve ser barato.

O Ielusc depois que suspendeu o famoso carimbo de abono nas mensalidades, literalmente detonou com todos que recebem fora da data. Nossa instituição se transformou numa imensa “casa de fomento”, além de não negociarem a data para pagamentos de mensalidade, ainda não abonam os juros. Eu pergunto: como ficam aqueles que recebem depois do dia 10? Até quando vamos ter que pagar esses juros injustos? O triste é que o DCE até tenta se organizar contra esses absurdos, mas os acadêmicos não têm sequer a coragem de comparecer nas assembléias que promove. Todos reclamam desses problemas, mas como solucioná-los se não temos nem coragem de levantar o traseiro da cadeira para discutir as soluções? Tudo isso é problema nosso e, só nós é que vamos conseguir resolvê-los. É hora de reclamar menos e agir mais!

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