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Matéria 3054, publicada em 23/10/2006.


Edital distribui R$ 410 mil para a cultura. E agora?

Roelton Maciel
Tiago Luis Pereira

No dia 10 de agosto, os agraciados com a verba do Edital de Apoio às Artes promovido pela Fundação Cultural de Joinville (FCJ) saíram da sala do colegiado da prefeitura embolsando seus respectivos cheques. Ao todo, o Edital distribuiu R$ 405.564,54 para 36 dos 130 projetos inscritos em 13 categorias. Como se trata de verba pública e decisões desse tipo são passíveis de questionamento, o resultado desagradou alguns grupos.

O prazo para prestação de contas se encerra em dezembro e alguns trabalhos já estão em fase de conclusão. Confira nos links abaixo quem levou a grana e quem julgou cada categoria.

Livro de ficção
Livro de não ficção
Artes visuais
Hip hop
Música erudita
Vídeo
Fotografia
Dança
Corais
Teatro
Cultura popular
Circo
Bandas e conjuntos musicais

Somando os valores destinados às categorias acima, chega-se a quantia de R$ 345.617,34. Restam 64 mil, que foram destinados pela comissão de análise de projetos a outros proponentes que não atingiram classificação para serem contemplados dentro de cada categoria. Para a redistribuição, foram levados em conta os projetos inscritos nas modalidades com maior número de inscrições. Veja quem levou o restante da grana e o que eles pretendem fazer com ela.

  PROBLEMA

Duas pessoas que preferem não se identificar apresentaram uma carta-denúncia contra a premiação da categoria hip hop. Eles alegam que Juliana Crestani, contemplada pelo segundo ano consecutivo, teria feito mau uso da verba recebida no Edital do ano passado. Além disso, apontam uma provável amizade entre ela e Jeff Bass, um dos jurados que a julgaram no Edital de 2006.

Em entrevista, Paola e Rita de Cássia, do Simdec (Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura), afirmaram que não houve qualquer envolvimento entre jurados e proponentes na edição deste ano. No entanto, na categoria hip hop, isso não ocorreu. Ao ser procurada pela Revi, Juliana Crestani admitiu que conhecia Jeff Bass, conforme alegam os autores das denúncias, mas observou que ele “é o maior DJ do gênero no sul do país”, portanto, é obrigação dela conhecê-lo. Também se defendeu de todas as outras acusações e garantiu a idoneidade do projeto.

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