Nos dias de hoje os meteorologistas contam com uma série de equipamentos
sofisticados para fazer a previsão do tempo, mas nem sempre a tecnologia foi
aliada desses profissionais. O primeiro artefato para a medição da pressão do ar
foi criado em 1643 pelo físico italiano Evangelista Torricelli. Tratava-se do
barômetro. Com esse primitivo equipamento foi possível verificar que a pressão
do ar aumentava e diminuía de acordo com as alterações climáticas. Uma queda da
pressão quase sempre significava a chegada de uma tempestade. Em 1664, foi
inventado o higrômetro, usado para verificar a umidade do ar. A medição exata da
temperatura só tornou-se possível em 1714, quando o físico alemão Daniel
Fahrenheit criou o termômetro de mercúrio.
Por volta de 1765, o cientista francês Antoine-Laurent Lavoisier sugeriu que
as medições da pressão e umidade do ar, e da velocidade e direção do vento
fossem feitas diariamente, e declarou: “Com esses dados é quase sempre possível
prever o tempo com um ou dois dias de antecedência e com razoável exatidão”. Mas
infelizmente não foi bem assim que aconteceu.
Em 1854, uma violenta tempestade próxima do porto de Balaklava, na Criméia,
afundou um navio francês de guerra e outros 38 cargueiros. O governo da França
pediu que o diretor do observatório de Paris, Urbain-Jean-Joseph Leverrier,
elaborasse um estudo investigativo sobre o assunto. Quando verificou os
registros meteorológicos, ele descobriu que a tempestade havia se formado dois
dias antes e havia atingido metade do continente europeu. Se naquele tempo já
existisse um acompanhamento diário do tempo, certamente os tripulantes dos
navios seriam avisados com antecedência e não morreriam. A partir desse fato, a
França desenvolveu um serviço de aviso sobre tempestades. Nascia então a
meteorologia moderna.
Com a invenção do telégrafo elétrico, em 1837, os cientistas passaram a
receber os dados do tempo com maior rapidez. A criação do norte-americano Samuel
Finley Breese Morse possibilitou que o observatório de Paris, e mais tarde o de
Londres, começasse a publicar os primeiros mapas meteorológicos. Quanto mais os
profissionais do tempo recebiam e acumulavam informações, mais se davam conta da
tamanha complexidade da meteorologia. Logo depois da primeira guerra mundial, o
meteorologista britânico Lewis Richardson descobre que atmosfera segue as leis
da física e conclui que poderia usar a matemática para prever o tempo. As
fórmulas eram complicadas e perdiam-se muitas horas para fazer os cálculos.
Muitas vezes, as frentes de ar se alteravam antes mesmo de os cálculos estarem
prontos.
Somente nas últimas décadas, com o advento da informática e o avanço da
tecnologia, foi possível fazer os cálculos e a previsão do tempo com maior
exatidão. Um grande marco para a meteorologia aconteceu em 1960, ano em que foi
lançado o TIROS I, primeiro satélite meteorológico acoplado com uma câmera de
TV. Hoje, além do uso dos satélites, as estações que realizam a medição do tempo
e temperatura contam com o auxílio de vários instrumentos, entre eles, o
barômetro, higrômetro, termômetro, radar e balões meteorológicos.
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