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Matéria 9654, publicada em 14/05/2010.


:Emanoele Girardi

Durante quase duas horas os estudantes lotaram o anfiteatro da instituição

No Ielusc, Jorge Duarte aborda a comunicação institucional

Eduardo Schmitz



Na noite de quinta-feira (13 de maio), o assessor especial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Jorge Antônio Menna Duarte, palestrou aos alunos e professores do Bom Jesus/Ielusc sobre as mudanças no mercado de trabalho na sua área de atuação. Duarte também falou sobre os principais dilemas nas carreiras que envolvem comunicação tomando como base sua experiência na assessoria da presidência.

Durante boa parte de sua fala, Duarte abordou a utilização de novas tecnologias para facilitar o trabalho do assessor de imprensa, principalmente a partir da ascensão da internet, quando as pessoas ganharam a possibilidade de buscar informações direto na fonte. “Acabou a fase da imprensa mediar a informação para sociedade”, afirmou. Uma das práticas utilizadas no governo, disse Duarte, é o fornecimento de releases, entrevistas e cartas para os veículos tradicionais da imprensa, mas também a disponibilização do mesmo conteúdo, na íntegra, na internet.

Na opinião de Duarte, a comunicação não é mais como era antes. “As mudanças que ocorreram na forma de se pensar a comunicação obrigaram as corporações a se comunicarem direto com a população”, explicou. “Estamos na adolescência da comunicação”. Algumas ideias aceitas até há pouco tempo vêm sendo revistas para poderem se adequar à realidade, segundo o assessor. Um dos exemplos citados foi o uso do termo “comunicação integrada”, que soa redundante. “A comunicação só acontece se percorrer todas as áreas – jornalismo, publicidade e relações públicas. Ela acontece naturalmente e não está na mão de ninguém”, afirmou.

O mercado de trabalho e a preparação dos profissionais também foram discutidos por Duarte. Sua apresentação começou com a frase “quando eu sabia todas as respostas, mudaram as perguntas” – para explicar que normalmente é isso que acontece quando se deixa a faculdade. O assessor argumentou que os conceitos de assessoria de imprensa não são aplicáveis imediatamente na formação. Normalmente, essas fórmulas precisam de mais tempo para darem resultados práticos. A velocidade com que a comunicação evolui também seria um outro fator prejudicial na formação acadêmica. “Os cursos não dão conta de acompanhar as transformações do mercado", resumiu.


Duarte (foto, acima) falou sobre as diferentes formações que trabalham com comunicação. É muito comum ter pessoas formadas em Administração de Empresas trabalhando em setores comunicacionais. O assessor defende que se alguém é capacitado para realizar determinada tarefa, não será seu diploma que influenciará nisso. Contudo, ele afirmou sempre ter espaço para bons profissionais, independentemente da área. E deixou como recado para os estudantes abrirem a cabeça para as novas oportunidades, sem restringir sua visão para o que vai ser posto no mercado de trabalho.

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