Revi Bom Jesus/Ielusc

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Matéria 8014, publicada em 20/03/2009.


:Carolinne Sagaz

Univille e Ielusc compartilham seus acervos desde fevereiro

Acordo entre as bibliotecas já está em vigor

Carolinne Sagaz


Se você, aluno do Bom Jesus/Ielusc, pretende emprestar algum livro do acervo da Univille, recurso disponibilizado pelo acordo entre as duas instituições, não basta ter a carteirinha da biblioteca. É preciso pesquisar a disponibilidade da obra no site da universidade, anotar os dados (título, autor e número de chamada) e requerer o empréstimo com a bibliotecária do campus ielusquiano. Depois, é necessário esperar a liberação da outra biblioteca e o envio do livro, que será retirado no balcão da unidade em que estuda. Para a bibliotecária chefe do Bom Jesus/Ielusc Maria da Luz Machado, “o empréstimo não tem dificuldade”.

O requerimento pode ser feito via e-mail (bibcal@ielusc.br) ou no balcão da biblioteca. Em qualquer uma das opções, é preciso informar o número de matrícula e os dados do livro, que poderão ser pesquisados no site da Univille, seguindo o caminho de links “Serviços”, Biblioteca universitária” e “Acesso usuário/Consulta acervo”. Se disponíveis, as obras solicitadas chegam ao Bom Jesus/Ielusc através de um motoboy todas as segundas-feiras. Segundo Maria, os pedidos só são encaminhados no meio da semana se houver demanda maior ou solicitação urgente. Apesar de precisarem seguir os mesmos passos, os alunos da Univille recebem as obras com um pouco mais de agilidade, já que são solicitadas à medida que os pedidos chegam.

O aluno é avisado, através de e-mail, quando o material da outra instituição pode ser retirado. Neste caso, a carteirinha da biblioteca não é necessária, já que o registro de empréstimo é manual. Maria acredita que a unificação do banco de dados - para que cada aluno possa utilizar sua carteirinha - não irá acontecer, pois os sistemas são muito diferentes. Porém, para o diretor geral do Bom Jesus/Ielusc, pastor Tito Lívio Lermen, a junção é uma possibilidade concreta, que “poderá acontecer a médio prazo”. Segundo o pastor, o empréstimo só pode ser mediado pelas bibliotecas por uma questão de conservação do acervo: “É um controle para que as obras não sejam danificadas”.

Os livros, que ficam em posse dos alunos durante dez dias, devem ser devolvidos na instituição onde o acadêmico estuda. “As negociações acontecem sempre entre as bibliotecas”, alerta o pastor Tito. É possível renovar a data de entrega seguindo os mesmos passos para o requerimento de empréstimo, desde que o livro não tenha lista de espera. No caso de atraso, a multa será cobrada de acordo com o regimento interno de cada biblioteca. Coincidentemente, os valores são os mesmos: R$ 1,00 por dia e por livro.

A demanda de pedidos de empréstimo para a biblioteca da Univille ainda é pequena (cerca de dois ou três por semana) e para a do Bom Jesus/Ielusc, menor ainda: até dia 17 de março, apenas duas obras do acervo ielusquiano haviam sido solicitadas. Maria acredita que os alunos não lembram que podem utilizar material da outra instituição: “A procura será pequena até adquirirem o hábito”, comentou. Karyn Munik Lehmkuhl, bibliotecária responsável pelo Comut (Comutação Bibliográfica) da Univille, concorda, mas disse que os usuários da biblioteca onde trabalha costumam perguntar qual é o procedimento para solicitar um livro do Bom Jesus/Ielusc.

Pouca divulgação

Desde que o Bom Jesus/Ielusc anunciou a integração ao sistema Acafe e a parceria com a Univille, em setembro de 2008, seus alunos não foram orientados sobre as novas ferramentas disponíveis. O termo aditivo que possibilitou a junção do acervo bibliográfico das duas instituições foi assinado em 10 de fevereiro de 2009, porém está divulgado apenas no banner do site do Bom Jesus/Ielusc.

Bruno Isidoro Pereira, acadêmico de Jornalismo, não sabia qual era o procedimento necessário para emprestar livros da Univille. “Só no ano passado avisaram da união. Achava que podia usar a carteirinha”, disse. Ele considera a possibilidade de utilização das duas bibliotecas muito útil para os ielusquianos uma vez que, devido à quantidade de cursos, o acervo do Bom Jesus/Ielusc é menor. Porém, Bruno tem uma reclamação em relação ao processo de empréstimos: apesar da praticidade de poder retirar o livro na instituição onde estuda, ele acredita que os bancos de dados deveriam ser unificados. Dessa forma, seria possível retirar o material nas duas bibliotecas. Para ele, a justificativa de conservação do acervo não é válida: “Se os alunos têm livre acesso à biblioteca, podem destruir os livros do mesmo jeito”.

Se os ielusquianos não receberam informações sobre a utilização das bibliotecas, a situação dos alunos da Univille não é diferente: a única divulgação é um link para o termo aditivo no site da universidade. Guilherme José Moraes, aluno de História, acredita que a divulgação da parceria entre as instituições serviu apenas de “marketing para Paulo Ivo (reitor da Univille)”. Para ele, porém, a utilização das bibliotecas é positiva, desde que haja acesso integral ao acervo. “Acho válido se realmente valer para todas as situações”, disse o acadêmico, referindo-se a parágrafos do termo aditivo que permitem a recusa do empréstimo ou a devolução prévia de materiais muito solicitados.

Segundo o pastor Tito, o próximo acordo entre o sistema Acafe de Joinville será sobre a utilização dos laboratórios. Ele ressaltou as vantagens do termo aditivo das bibliotecas (a funcionalidade e a economia, já que os livros existentes em uma instituição não precisam ser adquiridos pela outra) e comentou a respeito da possibilidade de aproximação também dos ensinos médios do Bom Jesus/Ielusc e da Univille.

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