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Matéria 7055, publicada em 19/09/2008.


A experiência na iniciação científica da Intercom

*Priscila Noernberg


Apesar da desorganização na realização do III Multicom, a mesa “A pesquisa em comunicação, identidade e cidadania em interface com as atividades de extensão – a experiência da UFJF: Território de Oportunidades”, coordenada pela professora dra. Cláudia Regina Lahni, ratificou o que há muito já se sabe: que encontros como esses vão além da mera apresentação de trabalhos, eles também permeiam a troca de conhecimento e saberes. Essa proposta colocou em debate um projeto de extensão realizado na Universidade Federal de Juiz de Fora (MG) que é semelhante ao trabalho realizado no “Jornal do Paraíso” e no “Oficinas de vídeo-participação”. Ao compartilhar problemas e experiências comuns, pudemos refletir sobre o processo que desenvolvemos, tanto no Ielusc, quanto na UFJF.

Em outros eventos, como no Intercom Júnior, também há aprendizado. Além de ter seu trabalho criticado, e à partir daí crescer, é possível ter contato com estudantes de diferentes regiões do país e compartilhar, às vezes, as mesmas dificuldades. Infelizmente, como aqui no Ielusc, oportunidades assim não são aproveitadas pelos alunos. Estavam na discussão apenas aqueles que precisavam apresentar, os monitores e um professor responsável. Outro problema de eventos tão glamourosos é o exibicionismo – para não chamar de narcisismo – de muitos pesquisadores. Sempre que podem, fazem propaganda de seus trabalhos e dos livros que estão lançando.

Mas para quem participa de encontros como esse com o intuito de discutir e melhorar o trabalho que estão realizando, há muita fonte com água boa para beber. É possível conversar e tirar dúvidas com os autores e discutir suas teorias, além de descobrir novas referências sem fazer do momento uma tietagem.

No Expocom, apesar de não termos conquistado o primeiro lugar e de ser um espaço competitivo, é possível aprender que, às vezes, somos (nós alunos da graduação e professores) medíocres, ao invés de agirmos, ficamos acomodados e nos conformamos. O trabalho que recebeu o primeiro lugar na categoria em que o Jornal do Paraíso estava concorrendo, por exemplo, foi realizado por um grupo de alunos que não permaneceu no conformismo. Queriam fazer grandes reportagens, mas não tinham dinheiro nem apoio de alguns professores. Foram mais fortes. Conseguiram patrocínio, viajaram por alguns cantos do Brasil e editaram, com o auxílio de alguns que acreditaram no potencial daquela turma, uma revista chamada “Campus Repórter”. Foram duas edições para que a revista se tornasse disciplina na Universidade Federal de Brasília.

Pode não ser muita coisa receber o primeiro lugar no único prêmio nacional de projetos experimentais de estudantes de comunicação, mas eles foram lá e fizeram.


* Priscila Noernberg é estudante do 8º período de Jornalismo

800x600. ©2005 Agência Experimental de Jornalismo/Revi & Secord/Rede Bonja.