Revi Bom Jesus/Ielusc

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Matéria 6926, publicada em 04/09/2008.


:Luiza Martin

Fiscal observa caixa de passagem

Fundema inspeciona rede de esgoto no campus central

Tuane Roldão


Munido de um guarda-chuva preto com o cabo quebrado, o fiscal ambiental da Fundema (Fundação Municipal do Meio Ambiente), Elcio Souza, 46 anos, observava a caixa de passagem localizada em frente ao bloco A da unidade central do Ielusc. A proteção foi utilizada para enfrentar o calor de 38 graus que fazia em Joinville por volta das 14h de ontem, 3 de setembro, quando teve início a fiscalização. Outras 14 caixas foram instaladas na área ocupada pela instituição e serão inspecionadas por Elcio, que voltou hoje ao Bom Jesus. As obras começaram após a notificação enviada pela Fundema à faculdade, pedindo a regularização da rede de esgoto.

Para que o fiscal pudesse verificar o funcionamento correto dos tubos, os estagiários de engenharia ambiental Murillo Bittencourt Fernandes, 19 anos, e Elisabeth Kurtz, 20 anos, despejaram corantes nos ralos das pias e nos vasos sanitários do Bom Jesus/Ielusc. Como a caixa d'água esvaziou, o agente operacional Antonio Carlos Gonçalves de Souza, 53 anos, encheu baldes com água e jogou com a coloração, facilitando a chegada da mistura nos tubos de passagem. Se o líquido estivesse pigmentado, demonstraria uma instalação regular e ligada à rede pública de esgoto.

Antes da manutenção, a instituição utilizava um sistema de fossas que precisou ser abandonado, pois, segundo a engenheira civil da Companhia Águas de Joinville Charlotte Elisa Maehl, não havia a possibilidade de identificar se os dejetos estavam seguindo para a galeria pluvial em frente à prefeitura. Devido à mudança, o material será direcionado para a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) da cidade. Quatro irregularidades foram encontradas: a falta de duas caixas de gordura (uma no Bloco A e outra no bloco C); ausência de um sifão, que deverá ser instalado na caixa de gordura da cantina; dois ralos devem ser trocados por tampas, para que não ocorra a mistura da água da chuva com a rede coletora; e uma pia do Laboratório de Enfermagem ainda ligada à rede pluvial. A ausência da caixa de gordura poderá acarretar entupimento da tubulação, segundo o fiscal ambiental. Para realizar as modificações, o Ielusc terá um prazo de 30 dias.

Em Joinville, 14,82% dos imóveis recebem cobertura da rede de esgotamento sanitário. A Águas de Joinville pretende aumentar esse número. Para que isso se torne possível, a companhia assinou contrato com a Caixa Econômica Federal e tem mais dois convênios em andamento: um com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e outro com o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), do governo federal, conforme consta no site da companhia.

Elcio contou que em algumas residências, a Fundema encontrou resistência para fazer a inspeção. Nesses casos, a fundação envia uma notificação com multa de 5 UPMs (Unidade Padrão Municipal), equivalentes a R$ 797,90. O mesmo ocorre quando a vistoria é feita mas são encontradas irregularidades. O proprietário do imóvel não inspecionado tem 20 dias para recorrer, justificando o porquê de não ter aceitado a fiscalização. Caso seja deferido, o cidadão receberá um prazo para regularizar e o abono do valor.

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