No bloco A, a sala que costumava ser ocupada pela Associação de Funcionários
do Bom Jesus/Ielusc abriga, agora, uma nova hóspede: Graziela Lima tem 22 anos,
é formada em serviço social pela Furb de Blumenau e trabalhará juntamente aos
projetos de extensão da faculdade.
As atividades da nova funcionária iniciaram na segunda-feira (19/3). Por ser
a primeira a ocupar a posição de assistente social na instituição, Graziela ainda está elaborando o próprio plano de trabalho. Durante a primeira
semana de trabalho, o tempo foi dividido entre participar de reuniões e enumerar
suas atribuições. “Minha preocupação é não deixar o aluno parar de estudar”,
diz, ao explicar que uma de suas funções será incluir acadêmicos que têm
mensalidades atrasadas em projetos de extensão.
Os corredores da instituição, no entanto, não são novidade para Graziela, que
foi aluna do Bom Jesus da 5ª série ao 3º ano. Antes de assumir o posto na escola
em que estudou por sete anos, trabalhou também como assistente no Consulado
da Mulher por três anos. Após o término do contrato, ofereceu seus serviços
ao diretor Tito Lermen, e teve sucesso. No Artigo 170, programa de bolsas do
qual a instituição participa, o MEC exige a supervisão de um profissional da
área social, um dos motivos que garantiu a vaga de Graziela.
Em cima da mesa, os poucos objetos denunciam os ares de recém-chegada: apenas
um grampeador, um calendário e uma pilha de pastas que guardam as descrições dos
projetos de extensão compõem a superfície de madeira. “Estou me dedicando a ler
todos primeiro, para depois começar a agir”. A rusticidade dos móveis é quebrada
pelo quadro posicionado em frente à escrivaninha e pelo vasinho de flores
colocado no batente da janela, ambos trazidos por Graziela. “É pra dar um tom
mais alegre”, brinca a nova funcionária.
No momento, a assistente está ajudando o coordenador local do ProUni, Lívio
Zaro, a receber as documentações dos interessados nas bolsas remanescentes. Mais tarde, fará a cartilha de balanço
social da instituição – documento que reúne ações prestadas em benefício da
comunidade e do corpo acadêmico -, que é divulgada anualmente. Segundo Graziela,
o Bom Jesus/Ielusc é uma entidade filantrópica e precisa comprovar que 20% de
seus custos é destinado à gratuidade, isto é, bolsas e projetos.
Foto: Eva Croll