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Matéria 1744, publicada em 08/03/2006.


Polícia é reflexo da sociedade, diz capitão Zelindro

Leonel Camasão

É noite de Carnaval em Joinville, 25 de fevereiro. Cerca de 10 mil pessoas estão festejando nas proximidades do mercado municipal. Um jovem de 20 anos é baleado, supostamente por ter sacado uma arma contra os oficiais do Grupo de Resposta Tática (GRT). Segundo a GRT, Alexssandro Raulino foi levado pelo camburão da polícia, pois o corpo de bombeiros não dispunha de nenhuma ambulância na ocasião.

Uma semana antes, sete viaturas mais a tropa da GRT chegaram aos berros em frente à catedral, pois alguns carros dos fiéis estavam estacionados, “barrando o trânsito” de uma rua sem saída. Segundo o pároco Willian Charles, em carta publicada no jornal A Notícia, os militares assustaram as famílias que estavam na missa e as ameaçaram de prisão.

No entanto, em nenhum dos dois casos foi provado que a polícia excedeu suas atribuições. Para encaminhar investigações, existe a Corregedoria do 8º Batalhão da Polícia Militar (8ºBPM), que atua em toda a região norte do estado. O 8º BPM conta com 1.200 policiais, para atuar nas nove cidades da região. Desde 2001, foram 463 procedimentos investigativos instalados. Nesse período, 26 PMs foram exonerados.

Segundo o capitão Zelindro Ismael Farias, corregedor da PM, os problemas com a população ocorrem porque “as pessoas não conhecem sua polícia. Elas só recorrem ao policial quando precisam”. Farias destaca que o problema está na desagregação familiar. “Numa sociedade onde não se tem o respeito dos filhos com os pais, não se terá respeito por mim, que sou policial”. Além disso, ele afirma que as pessoas pensam apenas nos seus “direitos individuais”, e não na coletividade.

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