O ano era 1851. A história oficial conta que centenas de imigrantes alemães, suíços e noruegueses desembarcaram às margens do Rio Cachoeira com o objetivo de superar as dificuldades financeiras que assolavam a Europa do século 19. Conforto e prosperidade foram as únicas coisas que eles não encontraram na colônia Dona Francisca. Ao contrário do que muitos pensam, Joinville não nascia nesse período da história. Fazendeiros portugueses e comunidades afro já habitavam o município.
Para contar o outro lado da história — o não-oficial — do maior município catarinense, a Revi entrevistou a socióloga e professora Valdete Daufenback Niehues, uma das contestadoras da forma como é retratada a fundação de Joinville. Durante a conversa, Valdete falou sobre a caracterização da cultura germânica, propagada em festas típicas, do motivo pelo qual a cidade acabou recebendo tantos títulos, como “Manchester Catarinense”, e do interesse da classe dominante em divulgar Joinville como um lugar rico, sem favelas e sem pobreza. Participaram desta entrevista os bolsistas Erivellto Amaranth e Pollyanna Niehues.
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> Ouça a entrevista com a socióloga Valdete Daufenback