O rapper Joseval Travasso, 27 anos, conhecido como Aranha, foi encontrado morto na manhã de domingo, em um terreno baldio, no bairro Itoupava, em Blumenau. Ele estava com o crânio afundado por pedradas. Tinha os bolsos vazios. A polícia desconfia de assalto. No ano passado, em entrevista à Revi, o músico joinvilense discutiu discriminação social e racial, uso de drogas e violência.
Vários outros personagens da história que lutaram contra crimes sociais tiveram fins parecidos. Chico Mendes, filho de seringueiro, dedicou boa parte da sua vida à defesa dos trabalhadores e povos da floresta. Morreu assassinado. Tim Lopes, jornalista da Rede Globo, durante investigações sobre tráfico de drogas e prostituição de menores, em uma favela carioca, foi queimado vivo.
A irmã Doroty Stang, religiosa norte-americana naturalizada brasileira, que lutava contra grileiros no Pará, foi assassinada com tiros. O rapper Sabotage criticava a violência social. Ele é citado na entrevista de Aranha à Revi como exemplo de que o hip hop pode resgatar pessoas da droga e do crime. Sabotage foi atingido por quatro tiros em uma manhã enquanto levava sua esposa para o aeroporto.