Vestida com uma blusa de Parintins, a estudante Daniela de Tofol defendeu sua monografia intitulada "Entre azuis e vermelhos: a relação da imprensa com o processo de construção da identidade parintinense e amazônica". A paixão pelo Festival de Parintins demonstrada através do texto rendeu comentários e a nota 9,5. A primeira data para a defesa da monografia era 26 de fevereiro, mas acabou sendo adiada para 2 de março, terça-feira. A mesma pesquisa também rendeu, no semestre passado, um projeto experimental de rádio.
Durante a pesquisa, Daniela gravou 31 entrevistas com turistas, com a comunidade e com jornalistas. Graças a esse contato direto com as pessoas no evento, ela pôde conhecer a forma parcial como a imprensa local produz seus conteúdos. Por ser uma visitante sem preferência pelos bois Caprichoso e Garantido que caracterizam o festival, os próprios jornalistas tentavam convencê-la a torcer por um dos dois competidores.
O trabalho procurou manter seu foco na influência da imprensa na cultura local, mas a banca questionou outros pontos que poderiam ser abordados. A arguidora Marília Maciel, professora do curso de Jornalismo, comentou a possibilidade de complementar a pesquisa considerando um viés econômico. Ela também sugeriu um aprofundamento na questão da participação feminina no festival.
A arguição de Fernanda Guimarães Cruz, também professora da instituição, teve início com a constatação de que o trabalho apresentou muitos pontos positivos. Os elogios contemplaram o planejamento da pesquisa de campo, a adequação das normas metodológicas e a conclusão. Para este último ponto Fernanda disse encontrar o que esperava: “Um conclusão quase que excelente”, completou. Também foram levantados alguns problemas de erros gramaticais, mas que já foram revisados pela avaliadora. A orientadora foi a professora Maria Elisa Máximo, coordenadora do Núcleo de Estudos em Comunicação (Necom).