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Matéria 9102, publicada em 28/10/2009.


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A Ajidevi atende todas as idades em seus projetos de inclusão

Fundo municipal atenderá entidades assistenciais

Francine T. Ribeiro



A Câmara de Vereadores de Joinville aprovou, no dia 7 de outubro, projetos de lei que destinam verbas a seis entidades beneficentes do município. Com a liberação do legislativo, cerca de R$ 110 mil poderão ser repassados à Associação Joinvilense para Integração de Deficientes Visuais (Ajidevi), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Associação de Moradores do Bairro Bucarein, Associação Grupo da Terceira Idade Projeto Carinho, Instituição Adventista Sul Brasileira de Educação e Associação para Integração Social de Crianças e Adolescentes Especiais ( Apiscae).

Segundo informou a assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Joinville, projetos de convênio para transferir recursos públicos para entidades beneficentes são iniciativas exclusivas do poder executivo. As propostas são enviadas para a Câmara – onde tramitam antes de serem aprovadas ou rejeitadas – mas são sancionadas apenas pelo prefeito. Cumprindo o roteiro, os projetos aprovados pelos vereadores voltaram para o gabinete de Carlito Merss (PT) que, no entanto, ainda não tem previsão de data para assiná-los.

Heloisa Walter de Oliveira é presidente da Apae e da Associação de Moradores do Bairro Bucarein, duas das instituições beneficiadas. Para ela, a verba pública será de grande valia: a Apae presta serviços e apoio às famílias com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da pessoa que possui deficiência. Os R$ 64,5 mil que a Apae deverá receber serão utilizados para manter os serviços prestados aos usuários da associação e para o pagamento dos assistentes sociais e neurologistas que também compõem sua equipe técnica. Já a Associação de Moradores Bucarein abriga um grupo de terceira idade que realiza trabalhos de artesanato e bordado, promove tardes de lazer com café e oferece palestras para a conscientização dos direitos do idoso. Neste caso, os pouco mais R$ 3 mil já aprovados serão aplicados na manutenção da estrutura da associação e das atividades do grupo.

Com mais de 600 beneficiados cadastrados e oferecendo atendimento direto a 140 pessoas, a Ajidevi presta serviços de reabilitação e integração de deficientes visuais, promove a alfabetização em braile e dispõe de aulas de teclado e canto. Oferece também serviço de assistência social, biblioteca e gráfica braile, além de auxiliar seus usuários nos processos de solicitação de aposentadoria e de passe livre. Onízia da Silva, presidente da associação, afirma que os R$ 21,7 mil do fundo municipal serão utilizados na manutenção da instituição, na aquisição de material didático e no pagamento de contas.

Sandra Pedrelli é coordenadora da Apiscae, entidade não-governamental fundada em 1998 que desenvolve programas pra jovens e adolescente com deficiência mental. A associação tem como objetivo capacitar e preparar o jovem para o trabalho e promover a inclusão social e econômica de pessoas com deficiência através da oferta de cursos que ampliam as chances de empregabilidade. Esses cursos, diz Sandra, são elaborados a partir de uma análise do mercado de trabalho, da demanda de vagas e das perspectivas de abertura de oportunidades para receber estes trabalhadores. Atualmente, a Apiscae oferece os cursos de auxiliar de cozinha, de produção e empacotador e desenvolve programas de apoio pedagógico e de apoio à família, ao esporte e ao lazer. A entidade promove eventos e busca parcerias para manter seus serviços. A coordenadora afirma que o repasse dos R$ 9,8 mil através do fundo municipal vai garantir a ampliação de cursos de capacitação – como o de auxiliar de cozinha – e o programa “Vivendo com autonomia”, que tem como finalidade estimular a independência na vida diária e prática dos jovens assistidos.

Curiosamente nem Prefeitura Municipal, nem Câmara de Vereadores dispõem de endereço ou telefone de contato da Associação Grupo da Terceira Idade Projeto Carinho, para quem estão propondo um repasse de R$ 4,8 mil. Já o presidente da Instituição Adventista Sul Brasileira de Educação – com sede em São José (SC) – foi procurado diversas vezes pela reportagem da Revi, mas não foi encontrado. Cabe à instituição, de acordo com o projeto de lei do executivo joinvilense, um montante de pouco mais de R$ 6 mil.

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