Fomentar o desejo de desenvolvimento pessoal e profissional nos músicos joinvilenses é o principal objetivo do Joinville Jazz Festival. Na sua sétima edição, a proposta do festival é dar foco sobre a música instrumental num estilo bem brasileiro, oportunizando outras vertentes que habitam o país. O evento oferece, além dos tradicionais três dias de apresentações, oficinas gratuitas para quem já tem alguma inicialização no mundo da música e deseja aprender mais. A novidade deste ano é que as oficinas serão ministradas por cinco dos 23 músicos da Amazonas Jazz Band e serão feitas no mesmo espaço, ensinando a conciliar os instrumentos com o intuito de criar uma big band em Joinville. O grupo formado nessa atividade se apresentará no terceiro dia do festival com o nome de Conexão Instrumental Norte-Sul.
Samba, maxixe, valsa, baião e The Beatles são algumas das misturas que o festival apresentará neste ano. Segundo o presidente do Instituto Joinville Jazz, Carlos Adauto Virmond Vieira, o nome Jazz Festival remete ao sentido amplo da palavra, onde se encaixam outros ritmos de música instrumental. A diversidade de estilos faz com que haja um intercâmbio, possibilitando aos músicos joinvilenses estudar o vasto repertório vindo de outras regiões, buscando o aperfeiçoamento e a profissionalização. “O nosso objetivo é plantar as raízes para transformar Joinville em pólo musical”, diz o Vieira.
A principal mudança acarretada pelo festival foi a influência no cenário musical da cidade. “Há sete anos não havia música ao vivo nos barzinhos. Hoje isso é normal”, afirma Vieira. Ele atribui a transformação do papel da música em Joinville à motivação que o festival causa aos músicos, faz com que voltem a estudar música e a formar bandas, acreditando num futuro como profissionais.
Na visão dos organizadores, essa edição encerra, com sucesso, o primeiro ciclo do festival. A consolidação do evento foi um dos principais objetivos alcançados, numa cidade em que muitos ainda acreditam não haver público apreciador de cultura. Além disso, a presença da mulher na música, a iniciação das crianças nesse mundo e o intercâmbio entre profissionais de diversas regiões estimulando a formação de músicos locais foram marcas fortes do primeiro ciclo. Em novembro, começa o planejamento da oitava edição do festival, com objetivos e ideias renovadas.
As apresentações principais acontecerão nos dias 16, 17 e 18 na Sociedade Harmonia Lyra com ingressos à venda por R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia entrada) para estudantes e idosos. As oficinas serão ministradas na Casa da Cultura nos dias 16 e 17 de outubro e os interessados podem se inscrever na loja Graves e Agudos do Shopping Cidade das Flores. Mais informações no site do Instituto Joinville Jazz.
PROGRAMAÇÃO
Teatro Harmonia Lyra
16 de outubro (sexta-feira), às 20h30: Banda do 62º Batalhão de Infantaria, Heloísa Fernandes e Toninho Horta e Quarteto Fantasma
17 de outubro (sábado), às 20h30: Grupo Sonido, Cassio Poletto Hot Club e Duofel Plays The Beatles
18 de outubro (domingo), às 19h30: Conexão Instrumental Norte-Sul, Alexandre Gismonti Trio e Soundscape
Casa da Cultura
16 e 17 de outubro (sexta-feira e sábado), das 14 às 17 horas: oficina big band
Estação da Memória (antiga Estação Ferroviária)
17 de outubro (sábado), às 10h30: Orquestra Sociesc e Amazônia Jazz Band
Mercado Público Municipal de Joinville
17 de outubro (sábado), às 13 horas: Renato Anesi Duo