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Matéria 8932, publicada em 29/09/2009.


:Eduardo R. Schmitz

Bancos públicos aderiram com mais força à paralisação

Greve reduz atendimento bancário em Joinville

Eduardo R. Schmitz



Desde sexta-feira (25 de setembro), o Sindicato dos Bancários de Joinville e Região comanda a paralisação feita nas agências do norte do estado. Os funcionários reivindicam reajuste salarial superior à inflação e maior participação nos lucros das empresas. As ações de greve do sindicato na cidade seguem as orientações da categoria em nível nacional, já que o setor bancário é um dos poucos a conseguir uma abrangência por todo o país em mobilizações trabalhistas.

A principal solicitação da categoria é uma revisão no percentual de reajuste salarial. Os bancários pedem 10% de aumento, enquanto a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu apenas 4,5%. “A proposta feita não repõe a perda do poder de compra, apenas compensa a inflação. Quanto mais se está em crise, mais os bancos lucram”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Joinville e Região, Jorge Luiz Marques, defendendo o reajuste.

Sexta-feira foi o dia com maior participação dos funcionários na greve. Os bancos públicos, com destaque para a Caixa Econômica Federal, tiveram maior mobilização. Trabalhadores de alguns bancos privados como o Bradesco, o Santander e o Banco Real também apoiaram a greve com fixação de faixas e paralisação. A agência central do banco Bradesco teve suas atividades suspensas por cerca de duas horas, mas devido à pressão interna os bancários voltaram ao trabalho mantendo as faixas.

Na segunda-feira (28 de setembro), alguns grevistas continuavam fora de seus postos de trabalho em frente às agências, como na Caixa Econômica Federal do Shopping Cidade das Flores. Naquela unidade, cerca de 50% dos funcionários aderiram ao movimento. O grupo é composto por profissionais de cargos mais baixos da empresa, como caixas.

Os serviços afetados pela greve são os que necessitam do auxílio de funcionários. Marques lembra que as greves, em certo ponto, beneficiam os bancos, já que com os serviços reduzidos há um maior volume de entrada de dinheiro em relação às saídas. “A greve bancária é mais perversa”, completa.

O Sindicato dos Bancários de Joinville e Região abrange as cidades de Joinville, São Francisco do Sul, Araquari, Barra Velha, Barra do Sul, Guaramirim, Jaraguá do Sul, Corupá, Massaranduba, Schroeder, Garuva, Itapoá, Campo Alegre, São Bento do Sul e Rio Negrinho. Em Joinville, há 19 bancos cujos funcionários compõem a base do sindicato, totalizando 70 agências.

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