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Matéria 8517, publicada em 08/06/2009.


:Marcus Vinícius Carvalheiro

Banda Sexy Pearl abriu os três dias de música

Bandas de blues se destacam no festival Magick Rock

Marcus Vinícius Carvalheiro*



Ao som de muito blues e rock setentista, o recanto Davet, localizado em Pirabeiraba, sediou no último final de semana a quarta edição do festival Magick Rock. O evento teve como atração principal as bandas Patrulha do Espaço e Blues Etílicos, mas outros grupos também marcaram presença destacada, como o Vlad V, o Karadura Blues Brothers e The Headcutters.

O festival iniciou oficialmente na sexta-feira (5 de junho), embora algumas pessoas já estivessem acampadas desde quinta. O frio desses dias não desanimou os fãs do rock: ao contrário, o cenário foi propício para as pessoas se aquecerem com um bom copo de quentão. O rio Cubatão, que contorna o recanto, foi paisagem para inúmeras fotografias e também serviu para alguns aventureiros tomarem banho e competir numa espécie de corrida a bordo de colchões infláveis.

Diferente das outras edições do evento, o palco desta vez foi montado em um dos campos de futebol do recanto. Na sexta-feira, quem abriu o festival foi a banda Sexy Pearl, de Joinville, que se destacou com covers de Guns'n'Roses. O grupo Creedence Again também fez ótimas versões da banda original e aqueceu a noite que ainda receberia o Patrulha do Espaço. As músicas dos paulistas do Patrulha, que foram destaque nas décadas de 70 e 80, agitaram o pessoal em frente ao palco até o último minuto. As bandas Canela Brasil, de pop rock, e Just Face, de metal, fecharam uma noite de sexta que talvez pudesse ter mais brilho. Infelizmente, os dois grupos ficaram deslocados do estilo que marcou o evento, o blues: apesar de serem ótimos, tecnicamente, o som das últimas duas bandas não agradou o público.

Na tarde de sábado, as bandas joinvilenses Echoes e Os Depira abriram o segundo dia de festival. A Echoes faz covers de The Doors e Pink Floyd e Os Depira misturaram clássicos do Led Zeppelin com músicas próprias. Quem roubou o espaço foi o Vlad V: com músicas próprias, versões de Rush e Jethro Tull, os blumenauenses não deixaram o público se esconder do frio e iniciaram uma noite que ainda receberia The Headcutters, de Itajaí, especialista em covers de um blues clássico que, a partir de Chicago, marcou a década de 50. Logo após, subiram ao palco os cariocas do Blues Etílicos, outra banda que se destacou nos anos 80, sendo uma das precursoras do blues no país. No Magick, com peso, mostraram que ainda sabem fazer um blues de raiz. Gritando “vamos sair da barraca, demoniada!”, Doug, vocalista da Black Huxley, de Joinville, entusiasmou o público que continuou curtindo as bandas no restante da noite, bebendo para fugir do frio.

No domingo, as duas bandas que estavam programadas para fechar o festival não tocaram, mas os organizadores não deixaram o dia passar batido e convocaram os músicos que estavam acampados para fazer uma jam. De Raul Seixas a Tequila Baby, a brincadeira durou aproximadamente três horas e encerrou o evento. Além das bandas, chamou a atenção a estrutura do recanto com quiosques, energia elétrica e água potável com fácil acesso. Para quem gosta do estilo, o Magick Blues Festival foi um sucesso.


*O repórter Marcus Carvalheiro também é integrante da banda Echoes.

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