O livro de visitas foi assinado 120 vezes. Mesmo assim, baseada apenas no registro visual, Valdinei Beltrame Rosa estima que a feira em comemoração ao dia do meio ambiente organizada pela Udesc/Joinville tenha recebido aproximadamente 300 pessoas até a metade da tarde. O evento, aberto ao público, se estendeu até as 20 horas de quinta (4 de junho) e expôs projetos de extensão, protótipos e obras de arte, tudo relacionado à preservação ambiental. Para Valdinei, organizadora da feira, o principal atrativo foi a interatividade: “As pessoas viram o aquecedor de água funcionar”, contou.

Representando o Bom Jesus/Ielusc, havia um estande sobre alimentação saudável: alunas do curso de Nutrição explicavam as propriedades nutritivas de frutas e verduras e falavam acerca da quantidade de consumo diário ideal de açúcar, de sal e de gordura. Para degustar, era oferecida água aromatizada feita com frutas ou ervas, uma opção para quem não gosta de água pura. Segundo Valdinei, o meio ambiente tem relação com a alimentação na medida em que tudo o que consumimos produz lixo.

O Pura, um projeto de extensão desenvolvido desde 2005 por alunos da Udesc/Joinville, também foi apresentado durante a feira. Em fase de implantação, o objetivo do Pura é tornar o sistema hidráulico do campus mais econômico, além de promover a conscientização da comunidade acadêmica. Segundo Amanda Steffen, bolsista do projeto, depois de totalmente concluído na universidade, é possível que o Pura se estenda à comunidade joinvilense.

O aquecedor de água feito com garrafas pet e caixinhas de leite longa vida era o principal objeto de exposição da Celesc durante a feira – que também mostrou maquetes explicativas de transmissão de energia e máquinas de corte para as caixas de leite. De acordo com João Iremar Hohmann, técnico auxiliar da empresa, R$ 250 é o investimento em material necessário para montar um aquecedor com dimensões de 2x1,5m, que pode esquentar a água até 40º C. “O que demora é reunir o material”, conta João, que calcula uma economia de 10% na conta de luz por pessoa com a utilização desse sistema.

“Eu convivo com esse rio. Acordo, olho para o lado e o vejo”, explicou a artista plástica Márcia Camargo. Suas obras, parte da exposição Refletindo sobre o rio, foram uma das atrações da feira sobre o meio ambiente. Desde 2005, Márcia produz objetos com material retirado do Cachoeira: pedaços de madeira, garrafas de plástico, lama. Na maior parte das obras, há pedaços de espelho, que servem para lembrar o público que a poluição é um problema coletivo. Para Márcia, está na hora de deixar de falar sobre preservação ambiental e tomar uma atitude. Para isso, “nada melhor do que chocar as pessoas com sua própria sujeira”.