Na segunda-feira (27), na sala C-27, 18 professores do Bom Jesus/Ielusc participaram de um curso para o aprendizado do uso da lousa digital, recurso instalado há pouco tempo na instituição. Thiago Scherpinski e Jean Rafael, funcionários do Secord, explicaram, em aproximadamente duas horas, as ferramentas disponíveis nesse novo sistema. “Ainda não sabemos mexer em tudo, mas isso se aprende com o tempo”, disse Scherpinski. A lousa foi instalada entre os dias 9 e 13 de abril, nas salas C-27 e C-32, e ficaram prontas no dia 14, mas não haviam sido utilizadas pelos professores porque ainda não dominavam o conhecimento da nova tecnologia.
Segundo Scherpinski, com a ferramenta será possível ter maior interatividade com o material de aula. O professor poderá destacar, grifar, apagar, pintar, reescrever, entre outros recursos disponíveis no eBeam, software instalado no computador para o uso da lousa. “O interessante é que os professores baixem o programa em casa, montem suas aulas e em sala só façam as anotações”, explicou Scherpinski. Para interagir com a imagem na lousa, o professor deve usar uma caneta especial, que tem a mesma função do mouse de um computador comum.
Alguns problemas foram apontados nesses primeiros testes feitos com a lousa digital. Um deles é que, nas salas onde foram instaladas só tem computador com Linux e isso impede a utilização de alguns recursos em determinados programas. O Secord tentará resolver esse problema instalando o windows nas máquinas das duas salas. Problemas na projeção da imagem, no batente do vidro de proteção da lousa, a distância com o teclado, também deverão ser resolvidos. A ideia é que com a utilização da nova ferramenta os professores possam apontar falhas existentes.
Para Silvio Melatti, coordenador do curso de Jornalismo, a tecnologia, apesar de não ser indispensável, é muito relevante para o ensino. Em sua opinião, não precisar copiar a matéria no caderno fará os alunos prestarem mais atenção na aula. “A concentração ficará apenas no professor”, completou. Melatti acredita que o curso ainda é insuficiente para um entendimento completo do recurso digital e que apenas com a experiência de utilizá-lo será possível trabalhar com facilidade nele. Apesar de não achar jogada de marketing da instituição, o coordenador considera desnecessário abordar essa questão. “O que se deve discutir é a relevância do recurso”, completou.
O professor Anilton José Weinfurter, o Cazuza, que dá aulas no ensino médio e superior, acredita que a utilização da lousa será constante. “É um recurso que implementa a qualidade da aula”, explicou. Para ele, apesar de interessante, a tecnologia não substituirá o professor e acha que seu uso não deve ser exagerado. Cazuza acredita que a compra das lousas digitais foram uma “espécie de marketing”. “É a competitividade do ensino médio, por isso acho que foi instalada nas duas salas dos terceirões”, explicou, após afirmar que bastaria apenas um equipamento.
A compra da lousa digital foi feita com a empresa Hetchtech. O custo de cada uma foi R$ 2.950,00. A instalação de todo o quadro foi feita pela Civille e o valor unitário foi de R$ 2.265,00. Para poder ensinar os professores, os funcionários do Secord participaram de um treinamento que custou R$ 270,53. No total, a instituição gastou R$ 10.700,53.