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Matéria 8160, publicada em 07/04/2009.


:Divulgação/Orkut

Concursos de beleza são hobby, não profissão, diz Karol

"Miss" do Jornalismo agora é Miss Joinville

Jéssica Michels



Uma garota dedicada, persistente e muito bonita. Essas são algumas das qualidades que caracterizam Karoline Elizabeth Meier, de 20 anos. Acadêmica do 5º semestre de Jornalismo do Bom Jesus/Ielusc, ela é conhecida como “miss” desde os tempos de caloura, mas em 27 de fevereiro deste ano – quando ganhou a seleção municipal – passou a personificar oficialmente o apelido representando a cidade como Miss Joinville. Confira a entrevista que a Revi fez com Karoline, agora definitivamente com a coroa e o título de Miss.

O que este prêmio significa pra você?
Um grande orgulho por representar a maior cidade do estado. Nasci e moro em Joinville há 20 anos, sou apaixonada e sempre defendi muito a cidade. É muito gratificante saber que fui a indicada entre inúmeras candidatas para ser eleita Miss Joinville.

Como foi o processo de seleção?
Primeiramente foi feita a seleção pela internet e, então, fui indicada para participar. Mandei minhas fotos para o coordenador da região norte, Carlos Alberto Hang. Desta seleção foram escolhidas seis meninas para fazer uma entrevista. Na entrevista, também teve desfile e análise de medidas. Foi um momento de muita emoção na etapa final, pois estava muito ansiosa e nervosa, o que acredito ser natural de todas as candidatas.

E esse pagamento que é feito? É um concurso comprado?
Não. Esse pagamento foi a inscrição para participar do Miss Santa Catarina. Foi uma correria. Quando eu venci a seleção do Miss Joinville faltava apenas uma semana para o concurso Miss Santa Catarina e tive que correr atrás de patrocínio, porque o concurso não tem apoio cultural da prefeitura. Então, consegui cinco patrocinadores. Mesmo assim, o dinheiro não foi suficiente e tive que pedir emprestado da minha família.

Como vê a falta de apoio da prefeitura diante do mais importante concurso de beleza do Brasil?
É uma pena a prefeitura não apoiar um concurso tão bonito e organizado como o Miss Santa Catarina Oficial. Mas é compreensível, considerando o início da nova gestão, que está diante de inúmeros problemas.

Quais são os prestígios de ser Miss? O que mudou ao conquistar essa faixa?
Fiz muitas amizades. Outro prestígio é que você acaba tendo contato com muitas pessoas, jornalistas, colunistas e apresentadores, entre outros. Depois do desfile, convites aparecem toda semana. Fui convidada para ser jurada do Miss Paraná, em Paranaguá, pelo apresentador Carlos Moraes (TV Educativa do Paraná). Estou fazendo um clipe, levando o nome da cidade de Joinville para Curitiba, no programa Pauta livre, do apresentador Anderson Santos. E no momento, fazendo fotos para sites, catálogos.

Você também participou de outro concurso de beleza, o Garota Verão, como foi?
Eu participei dois anos. Em 2007, representei a Praia das Palmeiras e cheguei no regional. No ano passado, representei a cidade de Garuva e fui à final com outras 49 candidatas. É bem legal participar, até porque tem tudo a ver com uma coisa que eu amo: verão e praia. Apesar de não conquistar nada, valeu pela experiência. O Garota Verão só abre portas para a primeira colocada.

O que te levou a escolher o jornalismo? Você acha que consegue conciliar as duas coisas?
Sim, sempre conciliei e até agora sempre deu certo. Nunca fui agenciada, tenho meus contatos profissionais e eu mesma me agencio. Não pretendo seguir a carreira de modelo porque todos sabem que ela não dura pra sempre. Eu faço isso como um hobby, mesmo. O que eu quero é ser apresentadora, atuar na televisão. Minha mãe trabalhava com eventos e fazia muitas apresentações, então desde criança eu estava envolvida com isso. Sou uma pessoa dinâmica, dedicada e persistente, sei bem o que eu quero.

Então seus pais sempre apoiaram esses concursos?
Sim, minha mãe sempre esteve do meu lado incentivando tanto no jornalismo quanto no campo da beleza. Já meu pai é mais cauteloso, ele me apóia em tudo, mas ele faz mais alertas sobre essas roubadas que acontecem com as modelos.

O senso comum diz que é difícil associar beleza e inteligência. Como você reage a esse conceito? Como você percebe isso no Ielusc?
Certamente é um paradigma, pois a beleza é um dom que ganhamos, enquanto a inteligência adquirimos através do nosso esforço e estudo. Eu acho que isso é preconceito. As pessoas me julgam sem nunca terem falado comigo. Percebo isso porque já aconteceu.

Você já recebeu propostas de trabalhos como modelo? Soube que você recusou uma proposta pra ser coelhinha da Playboy...
Primeiramente, meu objetivo principal é o jornalismo. E como já falei anteriormente, os desfiles e concursos de que estou participando são meus hobbys. Portanto, propostas indecentes serão recusadas.

Quais são seus projetos para esse ano?
Como já disse, meu objetivo principal é desempenhar bem dentro da minha área profissional. Mas também quero aproveitar o auge dos títulos recebidos, representar a cidade e lutar para conseguir o apoio da prefeitura para que em 2010 eu possa passar a faixa à nova Miss Joinville.

800x600. ©2005 Agência Experimental de Jornalismo/Revi & Secord/Rede Bonja.