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Matéria 8140, publicada em 03/04/2009.


:Divulgação

O atalante abre o ciclo do mês no Ielusc

Em abril, cinema exalta Paris e o expressionismo

Carolinne Sagaz e Marcus Vinícius Carvalheiro



Combinadas, as programações do Clube de Cinema do Bom Jesus/Ielusc e dos Ciclos de Cinema da Fundação Cultural de Joinville suprem parcela significativa das demandas do público joinvilense por filmes autorais. Em abril, as duas instituições traçam um panorama curioso da produção cinematográfica de ontem e de hoje enfocando dois temas queridos dos cinéfilos: Paris e o Expressionismo.

Paris, je t'aime - Paris, eu te amo, em português – é o ciclo de abril do Clube de Cinema do Bom Jesus/Ielusc, que apresentará somente três sessões no mês devido ao feriado de páscoa. Os filmes escolhidos são dirigidos por franceses, com enredos que se passam na França e que mantêm, de alguma forma, relação com a Nouvelle Vague da década de 60. O atalante, de 1934, dirigido por Jean Vigo, abre o ciclo no sábado (4), às 19h, no anfiteatro do Bom Jesus/Ielusc – unidade Centro. Dias 18 e 25 serão exibidos, respectivamente, Os Incompreendidos, de 1959, do diretor François Truffaut, e O Acossado, de 1960, com a direção de Jean-Luc Godard.

No romance O Atalante, um casal se separa depois que a mulher cansa de viver no barco do seu marido. “O Clube de Cinema espera atingir as veias mais profundas da emoção de seu público”, disse Pedro Guerra, membro do clube, na comunidade do Orkut. A intenção, afirma, é medir a reação do público diante dos filmes muito diferentes dos apresentados no ciclo de março, intitulado “Jogos, trapaças e dois canos fumegantes”, que continha enredos mais ágeis e conturbados. Brinde do clube, marcadores de livro alusivos ao cinema já foram impressos e serão distribuídos na sessão deste final de semana.

Expressionismo

Com o tema Expressionistas – poderes da luz e da sombra, a Cidadela Cultural Antártica inicia nesta sexta-feira (3) seu ciclo de abril. O gabinete do Dr. Caligari, do alemão Robert Wiene (1920) é o primeiro filme da temporada e será exibido às 19h, com entrada franca. Trata-se de uma produção do cinema mudo, que apresenta a história de um misterioso hipnotizador (Dr. Caligari) que chega a um pequeno vilarejo da fronteira holandesa, acompanhado de um sonâmbulo (Cesare). O sonâmbulo, que supostamente estaria adormecido por 23 anos, durante a noite perambula pela cidade divulgando as previsões do seu mestre, o Dr. Caligari.

No sábado (4), o ciclo continua com Nosferatu, uma sinfonia do horror (Murnau, Alemanha, 1922), outro filme mudo, que trata sobre um agente imobiliário (Hutter) que vende uma propriedade para um excêntrico conde chamado Graf Orlock do Mar Báltico, que na verdade é um vampiro.

O tema escolhido para abril se refere a efeitos expressivos resultados de “distorções da realidade”, segundo informa Borges de Garuva, programador dos Ciclos. Esssa forma subjetiva que, no começo, era conhecida como Expressionismo Alemão, deu origem aos dois primeiros filmes exibidos na programação de abril. Na atualidade a tendência expressionista é caracterizada por um grande uso de luz, sombra, cor, efeitos cenográficos e sonoros, assim como o uso exagerado do drama. Aplicações recentes dessas características resultam em filmes como Edward Mãos de Tesoura (Tim Burton, EUA, 1990) e Sin City – A cidade do pecado (Miller/Rodriguez/Tarantino, EUA, 2005), que serão exibidos na Cidadela de acordo com o roteiro abaixo. Todas as apresentações iniciarão às 19h, com entrada franca. A Cidadela Cultural Antarctica está localizada na rua 15 de Novembro, 1445.

10/04 – M, o vampiro de Dusseldorf (Lang, ALE, 1931)
11/04 - Os mil olhos do Dr. Mabuse (Lang, FRA/ITA/ALE, 1960)
17/04 - Veludo azul (David Lynch, EUA, 1986)
18/04 - Edward Mãos de Tesoura (Tim Burton, EUA, 1990)
24/04 - Cidade das Sombras (Alex Proyas, AUS/EUA, 1998)
25/04 - Sin City (Miller/Rodriguez/Tarantino, EUA, 2005)

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