Chumbo, cádmio, níquel e mercúrio. Esses são alguns dos metais que compõem
as pilhas domésticas e baterias de telefones celulares. A falta de informação
sobre os perigos desses elementos faz com que muitas pessoas ainda joguem esses
produtos no lixo doméstico. Eles levam de 100 a 500 anos para se decomporem e o
seu contato com o solo e lençóis freáticos podem acarretar uma série de
problemas de saúde, inclusive o câncer. De acordo com a resolução do Conama
(Conselho Nacional de Meio Ambiente), 257/99, todas as pilhas e baterias de
celulares e outros aparelhos eletrônicos, após seu esgotamento energético, devem
ser entregues aos revendedores. Cabe as lojas repassarem esses produtos para os
fabricantes ou enviá-los para empresas especializadas na área ambiental.
Carolina Jeremias de Oliveira, engenheira ambiental da empresa
Catarinense Engenharia Ambiental SA, explica que não é feita a separação dos
metais pesados desses componentes. Como são altamente tóxicos, não devem devem
ser enterrados junto com lixo doméstico. “Eles são armazenados em cápsulas de
cimento, pois não há o reaproveitamento desses metais pesados”, informa a
engenheira.
A Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), através
de seu programa de coleta seletiva de lixo, confeccionou recipientes chamados
“papa-pilhas”. De acordo com Valdinei Beltrame Rosa, funcionária da universidade
e integrante do projeto, após o recolhimento, todo o material é enviado ao
supermercado Giassi, na rua Doutor João Colin.
José Paulo Pereira da
Silva, gerente do Giassi de Joinville, informa que a empresa disponibilizou um
papa-pilhas para a filial joinvilense. O recipiente está localizado em frente ao
guarda-volumes da loja. “Quando o papa-pilhas está cheio, colocamos as pilhas e
baterias em caixa e enviamos para a matriz onde é feito o armazenamento
adequado”.
Programas como Ecomoto:,
criado pela fabricante de celulares Motorola Recarregue
o Planeta: da operadora Tim, facilitam o descarte desses objetos.
Alexandre Refasco, gerente de uma assistência técnica autorizada da Motorola,
observa que a maioria das entregas são de baterias vencidas. Já a operadora Tim,
além do programa Recarregue o Planeta, conta ainda com o projeto “Papa-Pilhas”,
elaborado em parceria com o Banco Real. Esse programa atende os estados do
Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco. Hoje, segundo,
Geanine Ledoux Batista Lenzi, funcionária de uma revendedora autorizada Tim em
Joinville, a operadora possui urnas em todas as filiais brasileiras.
José Valdevino, zelador do Bom Jesus/Ielusc, é o responsável por todo o
descarte de baterias vencidas na instituição. Segundo o zelador, a entrega é
feita na loja Milium, onde o colégio compra os materiais. No caso do Ielusc, só
é feito o recolhimento de baterias de câmeras, flashs, microfones e outros
componentes eletrônicos. “Às vezes, algumas pessoas me procuram para descartar
baterias de celulares. Eu digo que não sou responsável por isso e peço para
procurar a loja onde foi feita a compra do aparelho”.
Para maiores
informações, acesse o link sobre a Resolução de Conama
257/99.
*Acadêmico de Jornalismo do Bom Jesus/Ielusc.