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Matéria 8100, publicada em 31/03/2009.


:Marcio da Rocha

Ponto de coleta no Giassi

Programas evitam pilhas e baterias no lixo doméstico

Marcio da Rocha*


Chumbo, cádmio, níquel e mercúrio. Esses são alguns dos metais que compõem as pilhas domésticas e baterias de telefones celulares. A falta de informação sobre os perigos desses elementos faz com que muitas pessoas ainda joguem esses produtos no lixo doméstico. Eles levam de 100 a 500 anos para se decomporem e o seu contato com o solo e lençóis freáticos podem acarretar uma série de problemas de saúde, inclusive o câncer. De acordo com a resolução do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente), 257/99, todas as pilhas e baterias de celulares e outros aparelhos eletrônicos, após seu esgotamento energético, devem ser entregues aos revendedores. Cabe as lojas repassarem esses produtos para os fabricantes ou enviá-los para empresas especializadas na área ambiental.

Carolina Jeremias de Oliveira, engenheira ambiental da empresa Catarinense Engenharia Ambiental SA, explica que não é feita a separação dos metais pesados desses componentes. Como são altamente tóxicos, não devem devem ser enterrados junto com lixo doméstico. “Eles são armazenados em cápsulas de cimento, pois não há o reaproveitamento desses metais pesados”, informa a engenheira.

A Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), através de seu programa de coleta seletiva de lixo, confeccionou recipientes chamados “papa-pilhas”. De acordo com Valdinei Beltrame Rosa, funcionária da universidade e integrante do projeto, após o recolhimento, todo o material é enviado ao supermercado Giassi, na rua Doutor João Colin.

José Paulo Pereira da Silva, gerente do Giassi de Joinville, informa que a empresa disponibilizou um papa-pilhas para a filial joinvilense. O recipiente está localizado em frente ao guarda-volumes da loja. “Quando o papa-pilhas está cheio, colocamos as pilhas e baterias em caixa e enviamos para a matriz onde é feito o armazenamento adequado”.

Programas como Ecomoto:, criado pela fabricante de celulares Motorola Recarregue o Planeta: da operadora Tim, facilitam o descarte desses objetos. Alexandre Refasco, gerente de uma assistência técnica autorizada da Motorola, observa que a maioria das entregas são de baterias vencidas. Já a operadora Tim, além do programa Recarregue o Planeta, conta ainda com o projeto “Papa-Pilhas”, elaborado em parceria com o Banco Real. Esse programa atende os estados do Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco. Hoje, segundo, Geanine Ledoux Batista Lenzi, funcionária de uma revendedora autorizada Tim em Joinville, a operadora possui urnas em todas as filiais brasileiras.

José Valdevino, zelador do Bom Jesus/Ielusc, é o responsável por todo o descarte de baterias vencidas na instituição. Segundo o zelador, a entrega é feita na loja Milium, onde o colégio compra os materiais. No caso do Ielusc, só é feito o recolhimento de baterias de câmeras, flashs, microfones e outros componentes eletrônicos. “Às vezes, algumas pessoas me procuram para descartar baterias de celulares. Eu digo que não sou responsável por isso e peço para procurar a loja onde foi feita a compra do aparelho”.

Para maiores informações, acesse o link sobre a Resolução de Conama 257/99.


*Acadêmico de Jornalismo do Bom Jesus/Ielusc.

800x600. ©2005 Agência Experimental de Jornalismo/Revi & Secord/Rede Bonja.