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Matéria 7993, publicada em 13/03/2009.


:João Leite

Da esquerda para a direita: Adilson Mariano, Nelson Trigo, Carlito Merss e Cynthia Pinto

Prefeito quer continuar debate sobre tarifa de ônibus

Ariane Pereira


“Quero que vocês vejam o problema político que eu enfrento”, disse o prefeito Carlito Merss quinta-feira (12), numa reunião com representantes de várias organizações políticas e sociais contra o aumento de 12,2% na tarifa do transporte coletivo. O debate, apressado pelo encontro que o prefeito teria às 18h30 com o governador para conversar sobre as chuvas em Joinville, não teve conclusões muito claras: o poder público não está apto ainda a decidir pelo reajuste ou não, que audiências públicas para debater o assunto serão realizadas e que a prefeitura se comprometeu com a população a esmiuçar as planilhas (feitas pela Gidion e Transtusa para justificar a elevação da tarifa), num prazo de 90 dias.

A Frente pontuou seis reivindicações já divulgadas pelo movimento anteriormente: não ao aumento das tarifas, não ao subsídio, auditoria nas planilhas, audiências públicas para debater o assunto, criação de empresa pública de transportes e o passe livre para estudantes. O prefeito se disse contra o passe livre por “posição pessoal”, pois “critérios sociais” se fazem necessários.

A reunião contou também com a presença do vereador Adilson Mariano (PT) e dos secretários Nelson Trigo (Infraestrutura) e Eduardo Dalbosco (Planejamento). Para Mariano, a permissão do aumento pela prefeitura confirmaria oficialmente aquilo que ele considera uma “concessão ilegal” das empresas — no que Carlito também concorda. Ambos afirmaram que a concessão não está regularizada já que em 1998 ela foi renovada sem licitação.

“Ficou evidente na fala dele [Carlito] que há uma pressão por parte de empresários e lojistas para não haver o aumento e que ela é bem relevante”, opinou Clayton Felipe Silveira, que estava representando o Dacs (Diretório Acadêmico Cruz e Sousa) no encontro com o prefeito. Para o estudante de jornalismo, a mudança da situação só será possível quando a participação popular nesse tipo de movimento for grande. A manifestação que ocorreu na Praça da Bandeira, também na quinta-feira, serviu para que os que participaram da reunião pusessem os outros membros do movimento a par da situação: por volta das 19h, uma forte chuva dispersou os integrantes.

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