Hoje, quinta-feira (12 de março), às 18h30, na Praça da Bandeira (próxima ao terminal do centro), ocorrerá uma manifestação contra o aumento na tarifa do transporte coletivo. A movimentação está sendo organizada pela Frente de Luta pelo Transporte Público, que reúne várias entidades e organizações políticas de Joinville, entre elas o Dacs (Diretório Acadêmico Cruz e Sousa), o CDH (Centro de Direitos Humanos) e o MPL (Movimento Passe Livre). A organização foi criada em fevereiro de 2009, quando surgiu a possibilidade de um aumento de 12,2% na passagem, o que elevaria a tarifa a R$ 2,30 a normal e R$ 2,70 a embarcada.
Na tarde de hoje, representantes dos movimentos envolvidos na manifestação irão se reunir com o prefeito Carlito Merss para apresentar o programa político da Frente de Luta pelo Transporte Público. Maikon Duarte, historiador e integrante do MPL, conta que durante os anos de governo de Luiz Henrique Silveira e Marco Tebaldi acompanhou a questão dos aumentos da tarifa. De acordo com ele, os movimentos sociais que protestavam contra isso eram “escutados após aprovação do aumento da tarifa, sem contar que os seguranças das empresas de transporte coletivo praticavam perseguições e ameaças” durante as manifestações. Para Maikon, o fato de Carlito se dispôr a ouvir as organizações contrárias ao aumento não significa que ele irá desaprová-lo.
Em entrevista ao jornal A Notícia no dia 11 de fevereiro de 2009, o prefeito disse ser favorável a elevação das tarifas de acordo com os números da inflação porque as empresas terão data-base (negociação salarial com os funcionários). Em campanha, Carlito não prometeu barrar o aumento: afirmava que precisava primeiro conhecer a planilha da Gidion e Transtusa para analisar a possibilidade. “O que cabe ao atual prefeito é a vontade política de iniciar um debate aberto e franco sobre a real necessidade para o tema da mobilidade urbana”, diz Maikon.