Com 112 “sim” contra seis “não” — equivalente a 31,38% do total de matriculados em Comunicação Social —, a chapa Consciência venceu o plebiscito para o Diretório Acadêmico Cruz e Sousa realizado ontem (27 de novembro) à noite. Não foi definido ainda como, nem quando, se realizará a posse, que inicialmente seria três dias após a eleição. De acordo com a presidente eleita, Francine Hellmann, os integrantes da chapa se reunirão durante as férias para definir melhor algumas das ações, que não devem começar este ano, já que as aulas estão acabando. Em relação à votação favorável, a presidente eleita fica entusiasmada por achar que os alunos estão dando um voto de confiança à nova direção do Dacs.
A votação transcorreu normalmente. A comissão eleitoral, composta por Ariane Pereira, Carolinne Sagaz e Ricardo Schuroff, juntamente com alguns integrantes da chapa Consciência passaram nas salas de Comunicação Social e interpelaram estudantes pelo caminho para arrecadar os votos. Grande parte dos alunos não sabia exatamente o que estava se passando, mas resolveram votar mesmo assim. A urna, uma caixa de sapatos conseguida numa loja da esquina, foi aberta às 21h, no quiosque próximo a cantina.
Mesmo sem concorrentes, a chapa Consciência corria o risco de não ganhar a eleição. Caso mais de 50% dos alunos votantes escolhessem a opção “não”, o diretório acadêmico de Comunicação Social deixaria de existir até o próximo pleito, em 2009, conforme decisão da comissão eleitoral.
Em relação ao estatuto, que precisa ser reescrito, a nova direção do Dacs irá preparar uma proposta e convocar assembléia de estudantes no início do ano que vem. O problema é o quórum, pois os alunos nunca aparecem em número suficiente para que se decida alguma coisa, como já aconteceu quando se propôs mudar o nome do diretório para Chico Science, por exemplo. Apesar de muitas coisas não estarem ainda definidas, a chapa eleita pretende se organizar e deixar tudo pronto para as direções futuras. Francine lembra que o Dacs não pode fazer tudo sozinho, e seu principal objetivo é organizar os estudantes para que eles ajam como uma unidade e criar neles uma consciência política.
Quanto a possibilidade de que se repita o que aconteceu com a gestão 2008 do Dacs, da qual sobraram apenas dois integrantes ativos, dos 12 necessários, a presidente eleita não nega que o mesmo possa acontecer com a chapa Consciência. “Tudo é bem intencionado, mas às vezes acontece”, constata Francine. Charles França, o 1º tesoureiro, já deixou a chapa por não ter tempo para se dedicar a ela no ano que vem, mas se dispôs a ajudar no que puder. Em seu lugar ficará Emanuelle Carvalho.
Clayton Felipe Silveira, que faz parte da atual gestão do Dacs, está na chapa Consciência. “Sinto que arrumei pra cabeça, como sempre, mas vai ser legal dessa vez”, reanima-se, já que fará parte do diretório acadêmico por mais um ano.