As duas dimensões propostas no tema do Encontro de Professores — o
jornalismo do futuro e o futuro do jornalismo — foram contempladas na noite de
abertura. Antes da conferência de Carlos Castilho ocorreu um ato político com a
presença das principais lideranças nacionais dos jornalistas. Estavam no
anfiteatro o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio
Murillo; os presidentes de três sindicatos do Sul (de Santa Catarina, Rubens
Lunge; do Paraná, Aniela Almeida; e de Londrina, Ayoub Hanna Ayoub); o
presidente da Associação Catarinense de Imprensa, Billy Culeton; o diretor da
Regional Sul II do Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo, Tomás
Barreiros; os coordenadores da Campanha Nacional em Defesa do Diploma, Valci
Zuculoto e Márcio Rodrigues.
O peso dessa representatividade, somado ao
momento histórico que coloca a profissão de jornalista numa encruzilhada diante
da iminência da decisão do STF sobre a questão do diploma, resultou num ato
politicamente marcante para a categoria. Essa era a parte do "futuro do
jornalismo": relato da mobilização nacional, debate sobre possíveis cenários e definição dos próximos passos da luta em defesa da
exigência de curso superior para o exercício profissional.
Em seguida,
Carlos Castilho abordaria aquilo que pode ser descrito como "o jornalismo do
futuro", ou seja, aquele que será exercido (em alguns casos, já está sendo)
quando a convergência digital estiver plenamente implantada. "Nada mais
oportuno", disse o coordenador do curso de Jornalismo do Ielusc, Samuel Lima,
"do que o tema escolhido para o encontro, que abarca essas duas dimensões". Para
Samuel, a presença de lideranças representativas no encontro "tem a ver com a
credibilidade do curso de Jornalismo do Bom Jesus/ Ielusc".