O grupo de trabalho Produção Laboratorial - Eletrônicos
teve oito projetos inscritos, dos quais cinco abordam temas relacionados às
práticas radiofônicas. Nesse sentido, o GT acompanha a tendência do Encontro de
Professores de Jornalismo, o 4º do Paraná e o 2º de Santa Catarina, em que
predominam trabalhos sobre o rádio. Na sala C-21 da unidade central do Bom
Jesus/Ielusc foram mostrados programas radiofônicos, curta-metragens e exemplos
de webjornalismo produzidos por estudantes e professores das instituições de
ensino: Bom Jesus/Ielusc, Centro Universitário de Maringá, Unibrasil,
Universidade Positivo, Universidade Federal do Paraná, Universidade do Vale do
Itajaí, Organização Paranaense de Ensino e Universidade Comunitária Regional de
Chapecó.
Antes do horário do intervalo, às 16 horas, os professores
conversaram sobre as diferenças existentes entre as possibilidades oferecidas
pelas instituições de ensino. Thays Renata, professora de radiojornalismo da
Unibrasil, comentou que a instituição na qual leciona não bancou e nem colaborou
com o resgate histórico que virou foco do trabalho compartilhado no encontro.
Tal produção consiste no CD “ZYZ, o rádio contado por quem fez a história”, que
reúne entrevistas na intenção de recuperar a memória do programa ZYZ.
Ana Paula Velho, professora de radiojornalismo da Cesumar, contou sua
experiência na caminhada da Agência Megafone rumo à multimídia ou à “produção
webjornalística de terceira geração”. Ela compartilhou algumas dificuldades
enfrentadas na disciplina. Uma delas é a de produzir dois programas em duas
aulas de 50 minutos, sem dividir a turma. Se existisse mais de um estúdio, pelo
menos cinco, esse problema estaria resolvido.
Os horários da discussão
foram marcados com uma rigorosidade britânica pelas coordenadoras do grupo de
trabalhos, Izani Mustafá, do Ielusc, e Ana Paula Velho. Raras exceções passaram
dos 20 minutos estipulados. Apesar das dificuldades em operar o Linux terem
tomado tempo dos nove professores, o horário de finalização do GT não foi
extrapolado. Às 18h05 todos, professores e alunos, partiram para a sala C-27,
onde ocorria a Plenária, símbolo do encerramento do encontro.
Confira
abaixo os detalhes dos projetos que incitaram os artigos.
Rádio
Teia — Uma experiência de radiojornalismo
A Rádio Teia é produzida
por alunos da Universidade Positivo. Com orientação do professor Luiz Witiuk,
representante do projeto, os estudantes de jornalismo lidam com a produção do Jornal da Teia, que tem uma versão
especial, transmitida ao vivo na internet. O trabalho se justifica como um
laboratório para experiências de linguagem radiofônica e possibilita o contato
com a elaboração de programas esportivos, culturais, educacionais, sociais e
políticos.
RádioTeia
Rádio Poste Ielusc e Rádio Udesc FM: experiências com
diferentes gêneros
A professora de rádio do Ielusc, Izani Mustafá,
contou aos participantes do GT partes da história da Rádio Poste e falou sobre a
parceria entre a faculdade e a Rádio Educativa Udesc FM, que veicula programas
produzidos por alunos ielusquianos. Entre as produções estão o "Macrofone", no
ar desde 2006, e os programetes “A palavra é” e “Direito e Cidadania”,
que começaram a ir ao ar no início de 2008. Todos são transmitidos para os
ouvintes de Joinville pela emissora (91.9). Além disso, ela falou sobre
radionovela, gênero que é produzido pelos alunos do 6º
período.
Radionovela “A Esbofeteada”
Chega de Saudade
História e Radiojornalismo: O programa ZYZ e a
recuperação da memória dos 85 anos de rádio no Paraná.
Ao todo são sete programas de 15 minutos, compostos por
entrevistas aos radialistas paranaenses que participaram do nascimento do rádio
no estado. Thays Poletto e Matheus Amorin organizaram uma equipe de dez alunos
da Unibrasil em torno do projeto. As entrevistas ainda não foram publicadas,
mas, segundo Thays, estarão em breve disponíveis para download no sítio da
UniBrasil.
Programa ZYZ
Programa ZYZ: Entrevista com Sílvio de
Tarso
Meio ambiente e preservação
nas ondas do rádio
Este é um projeto experimental trazido pela professora de
rádio Marisângela Torrescana, da Unochapecó, e elaborado por Cristiane Rossete.
A idéia central é baseada em esclarecimentos e dicas que buscam a compreensão do
meio ambiente e de como ele pode ser preservado. O formato do trabalho — que
divide os temas de preservação do meio ambiente nos elementos: água, ar, fogo e
terra — é definitivo, mas as vozes que formam o programa mudarão. As locuções
serão regravadas por Cristiane e as vinhetas por crianças. O programa possui um
manual semelhante a um roteiro de rádio. Ouça a proposta inicial.
Meio ambiente no rádio 1
Meio ambiente no rádio 2
Jornalismo ao vivo e diário
com participação da comunidade: o caso do programa “Viva voz” da rádio Univali e
TV Univali
Carlos Roberto Praxedes dos Santos representou a
Univali, que possui uma rádio e uma emissora próprias, atuantes na cidade de
Itajaí. O programa feito no formato radiofônico ganha espaço na programação
televisiva. O processo de produção noticiosa no rádio é apreendido pelas câmeras
— enquanto fala para um meio o entrevistado olha para câmera do outro. A Rádio
Univali é transmitida também pela internet, no sítio da Universidade.
Putz: uma experiência pedagógica em vídeo
“O
festival Universitário de cinema e vídeo de Curitiba”, conhecido como Putz,
surgiu na UFPR de uma disciplina chamada Técnicas básicas de televisão. O
professor Paulo Eduardo Cajazeira relatou dois anos de experiência ministrando
as técnicas de TV. Buscou inserir autores como Roland Barthes em suas aulas para
torná-las “menos tecnicistas”. O professor mostrou no GT o documentário
“Transdigna” e o curta-metragem “Aluga-se”.
Primeira Pauta — uma
experiência de jornalismo acadêmico na Opet
O xará do Primeira
Pauta ielusquiano foi apresentado no GT por Márcio Oliveira Rodrigues. Uma das
diferenças entre as duas produções consiste na forma de publicação que é feita,
nas palavras de Márcio, “em um site
com cara de blog, um blog com cara de site". O primeira Pauta paranaense tem
o “Espaço Universitário”, reservado no Jornal do Estado, do Paraná..
Agência Megafone: produção jornalística de terceira
geração
Um exemplo do jornalismo multimídia que começa a se formar.
“Caminhando para a terceira geração”. Assim a professora da Cesumar Ana Paula
Velho define o sítio que possui um manual de redação baseado no da página do
Ministério Público. Com a inserção de vídeos que acontecerá futuramente, a Agência Megafone
entrará para os grupo dos produtores de informação multimídia.