Vinte três dos 77 jornalistas que ocupam a redação do maior jornal de
Joinville, o A Notícia, passaram (ou estão passando) pelo Ielusc. Há, entre
eles, repórteres, fotógrafos, editores, estagiários e, até mesmo freelancers. O
Bom Jesus, nos últimos dez anos, foi o principal responsável por
profissionalizar o mercado de trabalho jornalístico de Joinville, antes formado
em boa parte por “jornalistas práticos”. Os três profissionais do AN
entrevistados pela equipe da Revi foram unânimes em afirmar que o curso superior
é indispensável.
A fotógrafa Cristiane Serpa começou a trabalhar no
jornal A Notícia em 2004 como estagiária, formou-se no Ielusc um ano depois e
deu aula de Fotojornalismo 1 no primeiro semestre de 2008. Cristiane contou que
foi atraída pelo jornalismo por causa da possibilidade de presenciar
acontecimentos importantes e fatos históricos. “Registrar esse instante e no
outro dia ver sua imagem ou texto servir a milhares de pessoas é fascinante”,
comenta ela.
Cristiane acha que ainda há muitos jornalistas amadores em
Joinville, mas que a situação tende a melhorar com a presença de um curso
superior na cidade. “A qualificação profissional é muito mais que um registro; é
a garantia de que o jornalismo pode e deve ser encarado com seriedade”, diz ela.
Porém a fotógrafa alerta que a sala de aula não proporciona toda a formação
necessária: o aluno deve se aprofundar também por conta própria.
Leonel
Camasão concluiu o curso do Bom Jesus em agosto último e trabalha na editoria de
política desde abril. Ele contou que a experiência tem sido proveitosa, porém
cansativa: “Às vezes, não se consegue nem reler o texto para ver se está bom. É
tudo muito rápido, muito barulhento”. Leonel imaginava que em um jornal diário
só eram produzidas matérias factuais, porém percebeu algumas características de
revista e concluiu: ”Estou vendo que é um espaço de uma terceira coisa: nem o
texto autoral, nem o texto factual clássico”.
O repórter contou sentir
falta da faculdade, que, para ele, enfatiza três áreas de formação: humana, de
meios impressos e pesquisa. Leonel defende o diploma: “Jornalismo não é só a
técnica do lide e outros procedimentos; é uma visão de mundo, que precisa,
sobretudo, de um olhar humano sobre a realidade”, coisas que, para ele, só são
adquiridas através do curso superior.
Michelle Castro é uma das editoras
do jornal A Notícia há três anos. Ela cursou jornalismo no Ielusc e formou-se em
julho de 2004. Elogiou professores e laboratórios, porém lamentou a saída de
Álvaro Larangeira e Jacques Wainberg. Michelle comentou sobre a importância do
curso superior para jornalistas, que, segunda ela, “precisam de uma forte base
ética e de lapidação da técnica". Porém, acredita que há casos em que a teoria
não se aplica à prática e que a faculdade oferece uma “visão romântica da
profissão”. Ela contou ser feliz com o trabalho, mas alertou: “Jornalismo é para
apaixonados.”
Saiba quem são os ielusquianos:
-Vanessa
Bencz
-Pollyana Niehues
-Leonel Camasão
-Claudionei Fernandes
(estagiário)
-Erivelto Amarante
-Josi Tromm
-Priscila Pereira
(estagiária)
-Roelton Maciel (estagiário)
-Cristiane Schmitz
-Cristiane
Serpa
-Jessé Giotti
-Edson Burg
-Ana Paula Fanton
-Michelle
Castro
-Fernanda Lüttke
-Denise Suzuki
-Antônio Tomaz
-Albertina
Camilo
-Marco Aurélio Braga
-Carolina Spricigo
-Rosane
Felthaus
-Oliver Albert
-Cleber Gomes