Revi Bom Jesus/Ielusc

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Matéria 7242, publicada em 16/10/2008.


:Carolinne Sagaz

Treze dos 23 jornalistas ielusquianos posam para foto

Ielusquianos representam 29,8% da redação do A Notícia

Carolinne Sagaz


Vinte três dos 77 jornalistas que ocupam a redação do maior jornal de Joinville, o A Notícia, passaram (ou estão passando) pelo Ielusc. Há, entre eles, repórteres, fotógrafos, editores, estagiários e, até mesmo freelancers. O Bom Jesus, nos últimos dez anos, foi o principal responsável por profissionalizar o mercado de trabalho jornalístico de Joinville, antes formado em boa parte por “jornalistas práticos”. Os três profissionais do AN entrevistados pela equipe da Revi foram unânimes em afirmar que o curso superior é indispensável.

A fotógrafa Cristiane Serpa começou a trabalhar no jornal A Notícia em 2004 como estagiária, formou-se no Ielusc um ano depois e deu aula de Fotojornalismo 1 no primeiro semestre de 2008. Cristiane contou que foi atraída pelo jornalismo por causa da possibilidade de presenciar acontecimentos importantes e fatos históricos. “Registrar esse instante e no outro dia ver sua imagem ou texto servir a milhares de pessoas é fascinante”, comenta ela.

Cristiane acha que ainda há muitos jornalistas amadores em Joinville, mas que a situação tende a melhorar com a presença de um curso superior na cidade. “A qualificação profissional é muito mais que um registro; é a garantia de que o jornalismo pode e deve ser encarado com seriedade”, diz ela. Porém a fotógrafa alerta que a sala de aula não proporciona toda a formação necessária: o aluno deve se aprofundar também por conta própria.

Leonel Camasão concluiu o curso do Bom Jesus em agosto último e trabalha na editoria de política desde abril. Ele contou que a experiência tem sido proveitosa, porém cansativa: “Às vezes, não se consegue nem reler o texto para ver se está bom. É tudo muito rápido, muito barulhento”. Leonel imaginava que em um jornal diário só eram produzidas matérias factuais, porém percebeu algumas características de revista e concluiu: ”Estou vendo que é um espaço de uma terceira coisa: nem o texto autoral, nem o texto factual clássico”.

O repórter contou sentir falta da faculdade, que, para ele, enfatiza três áreas de formação: humana, de meios impressos e pesquisa. Leonel defende o diploma: “Jornalismo não é só a técnica do lide e outros procedimentos; é uma visão de mundo, que precisa, sobretudo, de um olhar humano sobre a realidade”, coisas que, para ele, só são adquiridas através do curso superior.

Michelle Castro é uma das editoras do jornal A Notícia há três anos. Ela cursou jornalismo no Ielusc e formou-se em julho de 2004. Elogiou professores e laboratórios, porém lamentou a saída de Álvaro Larangeira e Jacques Wainberg. Michelle comentou sobre a importância do curso superior para jornalistas, que, segunda ela, “precisam de uma forte base ética e de lapidação da técnica". Porém, acredita que há casos em que a teoria não se aplica à prática e que a faculdade oferece uma “visão romântica da profissão”. Ela contou ser feliz com o trabalho, mas alertou: “Jornalismo é para apaixonados.”

Saiba quem são os ielusquianos:

-Vanessa Bencz
-Pollyana Niehues
-Leonel Camasão
-Claudionei Fernandes (estagiário)
-Erivelto Amarante
-Josi Tromm
-Priscila Pereira (estagiária)
-Roelton Maciel (estagiário)
-Cristiane Schmitz
-Cristiane Serpa
-Jessé Giotti
-Edson Burg
-Ana Paula Fanton
-Michelle Castro
-Fernanda Lüttke
-Denise Suzuki
-Antônio Tomaz
-Albertina Camilo
-Marco Aurélio Braga
-Carolina Spricigo
-Rosane Felthaus
-Oliver Albert
-Cleber Gomes

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