As 2.885 páginas da “História da Literatura Ocidental”, de Otto Maria Carpeaux, estão disponíveis aos ielusquianos desde segunda-feira (13 de outubro) na biblioteca Castro Alves. A terceira edição do livro, lançada neste ano pela Editora do Senado, é dividida em quatro volumes. O texto é composto em dez partes e consta no catálogo do Senado como 107-A, com mil exemplares. O projeto gráfico de Achilles Milan Neto e dois prefácios, um de Ronaldo Costa Fernandes, e outro do próprio Carpeaux (“Artigo sobre prefácios”) apresentam o livro dedicado ao dicionarista Aurélio Buarque de Hollanda, um dos melhores amigos do autor.
As orelhas de cada volume anunciam os temas abordados. No primeiro tomo, as literaturas grega e romana, além de um quadro da literatura medieval que compreende desde a “fundação da Europa” pela escrita até as literaturas oposicionistas: franciscana e burguesa. Ainda no primeiro volume, de 541 páginas, está contemplada a transição entre a Idade Média e a Renascença e o estabelecimento desta no campo da literatura. O segundo volume, com 813 páginas, dedica-se à literatura do tempo da Contra-Reforma e da Ilustração, passando por Cervantes, Górgona e Molière. As 732 páginas do terceiro volume abrangem o dualismo romantismo-realismo no interior do século XIX, e o último, com 793 páginas, fala sobre o Fin de Siècle e as perspectivas literárias desse período.
Otto Maria Carpeaux – na verdade, Otto Maria Karpfen – era austríaco de nascimento e veio parar no Brasil em 1939, pressentindo a ameaça nazista. Na Europa estudou filosofia, física, sociologia, música e letras. Com esse conhecimento ingressou na imprensa, exercendo o papel de crítico de literatura e divulgador de obras do estrangeiro. A obra adquirida pela biblioteca, por sugestão do professor Jacques Mick, foi escrita entre 1943 e 1945 e é a maior do gênero em língua portuguesa, segundo o professor de filosofia Antonio Fernando Borges.
Entre outras obras de Carpeaux estão “Cinzas do Purgatório”, “Origens e afins”, “Pequena bibliografia crítica da literatura brasileira” e “Uma nova história da música”.