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Matéria 7110, publicada em 26/09/2008.


:Darlaine Klegien

Juliana reclama da falta de PA em Joinville

Saúde pública preocupa joinvilense

Carlos Nascimento Marciano*


A saúde é destaque entre os problemas de Joinville. Fiscalização no trânsito, criação de parques e ciclovias também preocupam os cidadãos.

Juliana Cenci e Camila Schneider, 17 anos, são jogadoras de basquete e vêm à cidade para competições. Reclamam da falta de postos de atendimentos (PA) 24 horas. Durante um dos jogos uma atleta do time se machucou e precisou ser levada ao PA Norte, muito longe do local da partida. “Acho que o investimento no esporte é bom, mas a saúde deixa a desejar nesse aspecto”, diz Juliana.

Ciclista nas horas vagas, Ana Luíza Hemb, 15 anos, queixa-se da falta de ciclovias na cidade, no entanto destaca a saúde como “ponto fraco” do município. “É necessário reduzir as filas nos postos”, argumenta.

Outro problema levantado é a falta de creches. Neli de Souza, 51 anos, sente essa necessidade, mas coloca a saúde em primeiro lugar. “É uma falta de respeito com as pessoas a demora nas unidades do SUS, sem contar que muitas vezes faltam médicos.”

A voz da experiência

Sílvia Maria Ramalho, 34 anos, formada em enfermagem do trabalho e atuando na Busscar S/A, tenta explicar os motivos para a “precariedade” na saúde pública do município. Durante um mês foi voluntária no Hospital São José e, embora tenha encontrado uma ótima estrutura, afirma que não há muitos médicos especializados. No Hospital Regional, o problema é a abrangência. Ele atende as regiões vizinhas como Jaraguá do Sul e Guaratuba “aumentando o número de pacientes para poucos médicos”.

Segundo a enfermeira, nas unidades de saúde dos bairros falta aprofundamento dos casos. Os pacientes são encaminhados sem necessidade para os PAs e hospitais aumentando as filas. “Os médicos se preocupam em atender o maior número de pessoas e não fazem uma triagem do que é urgente ou não.”

Para Sílvia, existem muitos investimentos desnecessários como, por exemplo, a reforma de praças. “Se esse dinheiro fosse revertido à contratação de mais médicos, com certeza a população pobre agradeceria”, completa.

Os dois postos de atendimento 24 horas são o PA norte e o PA sul, o mais sobrecarregado. A cidade conta também com um centro médico particular de destaque nacional, a Unimed.


*Trabalho produzido para a disciplina de Redação Jornalística 2, ministrada pela professora Marília Maciel no segundo semestre de 2008

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