“O jornalista deve pensar teoricamente seu trabalho para a proposição de uma nova visão”. Assim Miriam Pedrotti, 40 anos, define a função do jornalista. A formanda, que entrou no Ielusc em 2004, afirma a necessidade de mudança da área, sugerindo a criação de jornais e revistas alternativos cooperativadas e a possibilidade de dar voz aos bairros e grupos pequenos através da produção jornalística. Aos jovens colegas de jornalismo, Miriam diz também que, em entrevistas, quem responde quase sempre fala apenas uma parte e que jornalismo está para além da técnica.
Natural de Erechim, no Rio Grande do Sul, e de ascendência italiana, ingressou no jornalismo há 22 anos, tendo trabalhado como repórter de TV, assessora de imprensa, âncora de telejornal e atualmente como coordenadora do jornalismo da TV Brasil Esperança. Adepta da prática Seicho-no-ie há 15 anos, guarda da faculdade a “liberdade de pensar e falar”, que não tinha no trabalho. A sua monografia, que aborda a questão do assédio moral nas empresas de comunicação poderá ganhar continuidade com um mestrado. Miriam pode se inscrever neste ano na Universidade Federal do Paraná. “Mas o mestrado é certo”, afirma.
Diz que não importa o que gostou ou não. “Humanos assediam, ferem, esmagam a auto-estima da mesma forma como todos nós fazemos”, enuncia a jornalista. “Aprendemos uns com os outros; nos melhoramos uns aos outros na convivência”.