Oricelma Dutka começou a cursar Jornalismo em 2003, quando resolveu fazer o curso para descobrir coisas novas, sem se ver, então, como jornalista. “Muitos dos colegas diziam que seriam isso ou aquilo, mas eu não me preocupava com definições no começo”.

Seu primeiro trabalho na área foi como assessora de imprensa, quando estava no terceiro ano. Não seguiu o mesmo caminho de alguns dos companheiros que se formaram este ano ao não passar pelas bolsas oferecidas na faculdade. “Eu até tentei a Revi, mas depois desisti”, conta. Foi repórter do jornal Notícias do Dia no ano passado e hoje faz assessoria para um vereador na Câmara.

Oricelma conta que enfrentou dificuldades para quitar as parcelas. Para a nova jornalista, a formação diferenciada que oferecem as disciplinas teóricas – tais como Filosofia, Sociologia e Antropologia – é o que mais compensou no curso. “Elas permitem um horizonte ampliado, o qual não teria se tivesse começado diretamente na área”, observa. Ela reclama da infra-estrutura da faculdade, que “deixa os alunos muitas vezes na mão”.

Celma, como é chamada, concluiu todas as cadeiras dentro do prazo, mas teve alguns imprevistos na monografia, convivendo no Ielusc por mais um ano e meio. “O problema é que nesse período se perde um pouco o contato com os colegas”, conta. Católica por formação, mas não-praticante, pretendia fazer em seu trabalho uma crítica à Igreja. Escolheu o tema da invisibilidade da área rural da cidade nos jornais. Sua família é natural do Paraná e teve na agricultura a primeira base econômica.

Ela tem 27 anos e sua irmã, Oriana, dois anos mais nova, também faz o curso. “Algumas vezes nos confundem os nomes”, ri. Celma continuará prestando assessoria e seu plano, por enquanto, se centra mais na carreira profissional.