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Matéria 6670, publicada em 11/08/2008.


: Ariane Pereira

Santiago ouvindo a arguição de Maria Elisa Maximo

Chuva espanta público de banca

Ariane Pereira


Numa manhã de sábado chuvosa (9 de agosto), Josimar Santiago Bezerra, estudante de Publicidade, defendeu sua monografia, “Comunicação Integrada, transferência de significados culturais para o bem de consumo”. A banca, composta por Maria Elisa Maximo, Samanta Tassotti e o orientador Pedro Ramirez, aprovou Santiago com nota 7,5. Além do aluno, da banca e da repórter da Revi, apenas uma amiga do agora publicitário compareceu para prestigiá-lo. Para Santiago, que acordou às 4h da manhã pela ansiedade — a defesa iniciava às 8h —, a chuva e o frio fizeram com que seus amigos preferissem a cama às desconfortáveis cadeiras da sala C-22.

Através de pesquisas e entrevistas, Santiago quis mostrar que o valor que as pessoas dão aos objetos é resultado do meio em que vivem, mas que a publicidade também constrói esse valor. A idéia para a monografia surgiu por causa da formatura do publicitário: meninas preocupadíssimas com o vestido que usariam no grande dia. As entrevistas foram feitas com mulheres, divididas em classes A e C. No método utilizado nas entrevistas estava um dos problemas apontados pelas duas avaliadoras do trabalho: na classe C foi feita uma discussão em grupo e na A uma entrevista em profundidade. Isso invalidaria a pesquisa por criar situações diferentes nas entrevistas. Santiago explicou que não encontrou mulheres da classe A em número igual ao da outra classe, portanto, não foi possível fazer uma discussão em grupo com elas.

Maria Elisa Maximo, que foi convidada a fazer parte da banca para avaliar a parte teórica da monografia, discordou de Santiago na afirmação de que apenas a publicidade atribui valores e lembranças aos objetos. Para exemplificar, contou que entrou num táxi que era um X-Sara Picasso — carro que as propagandas mostram como glamouroso — e que nunca imaginou que um carro daqueles pudesse servir de táxi. Para ela, a teoria ficou distante do trabalho de campo, e o principal problema da monografia era de ordem teórica. Santiago replicou que a pesquisa é mais forte no sentido de ser mais importante que a teoria neste trabalho.

Samanta Tassotti, ex-professora do Ielusc, não teve muitos apontamentos a fazer. O orientador Pedro Ramirez explicou que os problemas do trabalho de Santiago se deviam a vários fatores: falta de tempo, “influências nefastas” de uma colega de trabalho de seu orientado que ficou dando opiniões e troca de orientador — Valdete Niehues era a orientadora anterior. Segundo Pedro, Santiago teve condições de ser aprovado mas ainda vai precisar fazer algumas modificações na monografia para entregá-la.

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