A Revi voltou a ser atacada na noite desta quarta-feira, dia 9 de julho. Invasores entraram no sistema de publicação e alteraram parte do conteúdo da revista. Este foi o segundo ataque em menos de uma semana. Na sexta-feira, dia 4, a capa da Revi havia sido “pichada” virtualmente pela primeira vez em seus nove anos de existência.

As características da invasão apontam para um ataque interno, ou seja, não se trata de uma ação típica de hacker, que acessa sistemas externamente. Trata-se de alguém que conhece as rotinas de publicação, criadas e codificadas exclusivamente para a Revi. As operações realizadas pelo invasor estão sendo rastreadas no servidor da revista.

Graças ao serviço de cópia de segurança e ao monitoramento do sistema, as ações foram revertidas poucos minutos depois do ataque, que começou por volta das 22 horas e seguiu até o início da madrugada de quinta-feira. O invasor alterou matérias já publicadas, recheando-as com discurso delirante contra a Revi, ilustrado com imagem de uma bandeira pirata.

Já no meio da tarde de quarta havia sinais de radicalização do movimento desencadeado não só contra a revista, mas contra o curso de Jornalismo e a instituição como um todo. Sob o escudo do anonimato, alguns leitores passaram a postar comentários cada vez mais violentos, ofensivos e em linguagem de baixo calão. A situação se tornou insustentável quando o espaço dos comentários virou uma arena em que anônimos se digladiavam com leitores “reais” e estes com os chamados fakes (autores com falsa identidade).

A certa altura do debate, já não se sabia quem era quem, pois surgiram textos assinados com nomes de professores, funcionários e alunos que, depois, denunciaram a fraude. Tratava-se, em última instância, de crimes de falsidade ideológica. Nesse ponto, as coordenações da Revi e do curso de Jornalismo decidiram tirar os comentários do ar. Eles estão armazenados e voltarão assim que for concluído o novo formato de interatividade com o leitor.