O cartaz de divulgação do Eppa (Encontro de Publicidade e Propaganda Acadêmico) foi censurado por conter uma imagem que “vai contra os princípios” do Bom Jesus/ Ielusc: um “cofrinho”, parte do corpo humano curiosamente conhecida como região sacra. O banner digital, que estava no site da instituição, foi retirado dia 18 de abril, por reclamações de pais de alunos. O cartaz que ficava ao lado da guarita, na entrada da unidade centro do Bom Jesus, acabou sendo retirado no dia 23.
Segundo André Scalco, coordenador do marketing do Bom Jesus/ Ielusc, teria sido solicitado aos alunos do 7º período de Publicidade que todos os cartazes fossem mudados. Como o material já havia sido impresso, os acadêmicos colocaram uma faixa de “censurado” nas peças que ficariam no Ielusc. Para o banner digital, a imagem foi alterada: a calça teve de ser colocada mais para cima, escondendo o “cofrinho”.
No site do Eppa, o cartaz original continua. Mas o Colégio Cenecista José Elias Moreira também censurou o material: segundo Rodrigo Santos, coordenador de marketing do Elias, há muitas crianças que dividem o espaço com os adultos, e a imagem seria inapropriada para elas.
Todos os cartazes que ficam nos murais do Ielusc têm que passar antes pelo setor de marketing, para receber aprovação e carimbo. Cartazes de festas como “Cala boca e me beija”, por exemplo, não poderiam ser fixados nos murais por conterem imagens consideradas ofensivas pela direção da instituição. Entretanto, o marketing não consegue ter controle sobre tudo o que é colocado nos murais.
Para Caio Biagiotto, do 7º semestre de Publicidade, é inadmissível que uma peça publicitária seja vetada numa faculdade de comunicação. “Todo mundo tem bunda”, afirma ele. Os estudantes do 7º período não imaginaram que o “cofrinho” seria considerado ofensivo.